Língua azul: mais de 2600 animais morreram em pouco mais de um mês

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O primeiro foco da doença foi detectado a 21 de Setembro em Barrancos Nelson Garrido/PÚBLICO (arquivo)

Até às 12h00 de hoje, havia 429 explorações pecuárias sob suspeita de infecção com aquela doença, que afecta ovelhas e outros animais "ruminantes domésticos e selvagens", refere um comunicado do ministério.

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Até às 12h00 de hoje, havia 429 explorações pecuárias sob suspeita de infecção com aquela doença, que afecta ovelhas e outros animais "ruminantes domésticos e selvagens", refere um comunicado do ministério.

As explorações sob suspeita concentram 86.459 animais, dos quais 3461 estão afectados e 2620 morreram desde que foi confirmado o primeiro foco de língua azul em Portugal, no dia 21 do mês passado, em Barrancos.

A doença, que não se transmite aos seres humanos, "tem progredido, quer através do aumento do número de explorações afectadas, quer através do aumento da área geográfica afectada".

Os concelhos de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo, do Algarve e alguns na região centro estão sob controlo e sujeitos a restrições.

O comunicado refere ainda que a vacina para a variante da doença que afecta Portugal está "em fase de testes" e deverá estar disponível "muito em breve".

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, anunciou que o Governo vai apoiar os produtores pecuários atingidos pelo problema, pagando "entre 55 e cem euros" por cada animal morto.

Os apoios para indemnizar os produtores pela mortalidade causada pelo serótipo 1 da doença, segundo Jaime Silva, destinam-se às explorações onde "os animais estão identificados e que foram já objecto das medidas de 2004 relativamente ao serótipo 4" da doença.