Doris Lessing é uma escritora afável e generosa que não pára de escrever - Helder Macedo

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Helder Macedo é amigo pessoal da nova prémio Nobel Bruno Castanheira/PÚBLICO (Arquivo)

"Foi pioneira na criação de uma consciência feminista na literatura, tem uma atitude de observação do mundo interior e do mundo real que faz dela uma das grandes escritoras da literatura inglesa", referiu Helder Macedo, amigo de Doris Lessing desde o início dos anos 1960.

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"Foi pioneira na criação de uma consciência feminista na literatura, tem uma atitude de observação do mundo interior e do mundo real que faz dela uma das grandes escritoras da literatura inglesa", referiu Helder Macedo, amigo de Doris Lessing desde o início dos anos 1960.

Segundo o professor catedrático, radicado em Londres, Doris Lessing tem um novo romance quase pronto, numa altura em que acaba de editar "The Cleft".

"Ela não pára, está sempre a escrever", revelou Helder Macedo, referindo-se a Doris Lessing como uma pessoa muito afável e generosa, sobretudo "com os escritores mais novos a quem dá muito apoio".

Apesar do aparato mediático constatado junto à residência da escritora, nos arredores de Londres, Helder Macedo referiu que Doris Lessing "não é das que corre atrás dos prémios".

"É um bom presente de anos", resumiu Hélder Macedo, uma vez que Doris Lessing completa 88 anos no próximo dia 22.

Lídia Jorge defende que “Doris Lessing foi uma mulher capaz de afrontar os hábitos do seu tempo e assume integralmente a sua condição como mulher”.

Para a escritora portuguesa Lídia Jorge, este prestigiado prémio já tardava para Doris Lessing, uma romancista que "tem uma memória do século XX na cabeça, que tem uma memória do mundo, da infância, da relação com África e dos países onde viveu".

"Doris Lessing nunca se travestiu na sua escrita, nunca rejeitou a sua condição de mulher na observação da realidade", sublinhou a autora de "A costa dos murmúrios".