Associação das Nações do Sudeste Asiático exige que Birmânia suspenda violência
No mesmo dia, o Presidente norte-americano George W. Bush exortou a China a utilizar a sua influência para pôr fim à repressão – que hoje fez nove mortos – e a secretária de Estado americana Condoleezza Rice reuniu-se, em Nova Iorque, com o bloco asiático, incluindo o embaixador da Birmânia na ONU.
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No mesmo dia, o Presidente norte-americano George W. Bush exortou a China a utilizar a sua influência para pôr fim à repressão – que hoje fez nove mortos – e a secretária de Estado americana Condoleezza Rice reuniu-se, em Nova Iorque, com o bloco asiático, incluindo o embaixador da Birmânia na ONU.
O primeiro resultado da pressão dos pares da Birmânia no seio da Asean foi a autorização dada pela Junta militar à entrada no país do enviado especial da ONU, Ibrahim Gambari, a partir de 29 de Setembro. Gambari saiu de Nova Iorque sem ter a certeza de conseguir obter um visto para a Birmânia.
Desde ontem, a repressão exercida pelas forças de segurança da Birmânia já causou a morte a doze pessoas, que se reuniram aos milhares para protestar contra a Junta.
A Asean, que sempre evitou ocupar-se dos assuntos internos dos seus membros, considera que a crise actual põe em risco a “credibilidade” do grupo. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Asean dizem-se “chocados” com a utilização de armas automáticas.
A posição tomada pela Asean é uma “vitória para a democracia e os manifestantes na Birmânia”, considerou o chefe da diplomacia francesa Bernard Kouchner. “Os países da Asean são os únicos capazes de exercer uma pressão eficaz sobre a Birmânia”.