Madeleine McCann desapareceu há 100 dias
Três dias depois do desaparecimento da criança, registado a 3 de Maio, um responsável da Polícia Judiciária (PJ) de Faro anunciou que tinham sido reunidos elementos que "asseguram o rapto" e que na origem do crime poderia estar um resgate ou a prática sexual.
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Três dias depois do desaparecimento da criança, registado a 3 de Maio, um responsável da Polícia Judiciária (PJ) de Faro anunciou que tinham sido reunidos elementos que "asseguram o rapto" e que na origem do crime poderia estar um resgate ou a prática sexual.
Os pais de Madeleine McCann, Kate e Gerry, disseram ontem, em entrevistas às estações televisivas nacionais, que continuam a acreditar que a filha está viva, até haver provas em contrário, e que o mais doloroso "foi a imprensa ter sugerido que a Madeleine estava morta e que eles [pais] estariam envolvidos".
Circo mediático volta à freguesia da LuzA Polícia portuguesa e inglesa nunca abandonou o "caso Madeleine McCann", mas na última semana o circo mediático na freguesia da Luz, em Lagos, voltou a instalar-se, porque a PJ e cães ingleses, treinados para detectar cadáveres, estiveram no apartamento de onde desapareceu a menina.
No passado fim-de-semana, entretanto, vários agentes policiais estiveram a fazer buscas na casa de Robert Murat, o único arguido no "caso Madeleine McCann".
Cem dias passados, mais de cem pessoas inquiridas na Judiciária de Portimão e depois de várias conferências de imprensa da PJ e dos pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, o único arguido neste caso é um cidadão luso-britânico. Robert Murat, empresário a residir na Praia da Luz e fluente na língua portuguesa, foi constituído arguido a 15 de Maio, mas não foi detido por falta de provas, ficando sujeito a termo de identidade e residência.
Os pais de Madeleine, Kate e Gerry, ambos médicos e católicos, nunca abandonaram a Praia da Luz, excepto para realizar acções em Fátima, no Vaticano, Madrid, Berlim, Amesterdão, Washington ou Huelva, com o objectivo de não deixar esquecer o desaparecimento da filha.
O director nacional da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro, afirmou ontem à Lusa que o caso do desaparecimento da criança inglesa Madeleine McCann "está longe de ser esclarecido", apesar de terem surgido "novos elementos na investigação". "Há novos elementos na investigação, mas ainda não sabemos onde estes nos irão conduzir", acrescentou o responsável nacional da PJ, considerando, por isso, que a Judiciária "está longe de esclarecer o caso" do desaparecimento da menina inglesa.
Celebra-se hoje uma missa na Igreja da Praia da Luz em homenagem a Madeleine, quando passam 100 dias sobre o seu desaparecimento.