Câmara de Lisboa cria comissão para analisar impacto das salas de injecção assistida
"O local está praticamente definido e foi criada uma comissão para avaliar o impacto na população", disse Lipari Pinto na reunião pública do executivo municipal.
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"O local está praticamente definido e foi criada uma comissão para avaliar o impacto na população", disse Lipari Pinto na reunião pública do executivo municipal.
Em declarações à Lusa, o autarca adiantou que esta comissão, constituída por elementos da Câmara e do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), apresentará um relatório a 20 de Abril.
O autarca sublinhou que a Câmara está a trabalhar em "estreita sintonia" com o IDT na definição de um local para criar as Instalações de Consumo Apoiado para a Recuperação (ICAR). Lipari Pinto reiterou a intenção de a primeira ICAR estar em funcionamento até ao "final do próximo trimestre".
O vereador não adiantou a localização destas instalações, estando a ser equacionados outros locais, além dos inicialmente previstos para a Quinta do Lavrado, na freguesia de São João, e no bairro do Charquinho, em Benfica, onde funcionam gabinetes de apoio aos toxicodependentes (GAT). O autarca sublinhou ainda que os GAT vão continuar a funcionar depois da abertura das ICAR.
Além de permitirem o consumo de droga, as ICAR prestarão apoio médico, psicológico e social, de alimentação e higiene aos toxicodependentes e informação sobre a recuperação. Estas instalações, propostas pelo vereador Sérgio Lipari Pinto, foram aprovadas em reunião de câmara de 30 de Novembro com os votos favoráveis do PSD, PS e Bloco de Esquerda (BE), a abstenção do PCP e os votos contra do CDS-PP.
O vereador social-democrata recusou a definição de "salas de injecção assistida" por considerar que as ICAR não serão "antecâmaras da morte".
Contudo, a designação "salas de injecção assistida" foi incluída por sugestão do PS e do BE, que argumentaram ser essa a definição prevista na lei.