Associação da Guarda contra postos da GNR com apenas 15 militares

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A associação defende a presença de pelo menos 28 efectivos por unidade Miguel Madeira/PÚBLICO (arquivo)

Se os postos tiverem menos guardas "não está garantido o policiamento de proximidade defendido pelo Governo" nem a promessa de instituir um horário de trabalho de sete horas diárias na corporação, defendeu José Manageiro.

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Se os postos tiverem menos guardas "não está garantido o policiamento de proximidade defendido pelo Governo" nem a promessa de instituir um horário de trabalho de sete horas diárias na corporação, defendeu José Manageiro.

Num despacho do gabinete do comandante-geral da GNR, datado do passado dia 6, propõe-se que o "efectivo mínimo de referência [de um posto] deverá ser de 15 militares", admitindo que seja comandado por oficial subalterno: um alferes ou tenente.

Nas contas de José Manageiro, para funcionar 24 horas por dia, um posto precisa de pelo menos cinco efectivos para fazer o atendimento ao público, oito para atender às ocorrências, mais oito para patrulhamento, mais alguns para apoio a eventuais vítimas, outros para realizar inquéritos e um comandante, o que obriga a, pelo menos, 28 elementos.

O presidente da APG-GNR sustenta que "o que garante a segurança das populações é a visibilidade, a presença dos guardas, não os edifícios".

Manageiro disse também não ter dados sobre se a presença mínima de 28 guardas levaria ao encerramento de postos, mas contrapôs que a reorganização em curso na GNR tem precisamente entre o seus objectivos transferir efectivos para onde eles mais são necessários.

O dirigente associativo lamentou ainda que a APG tenha pedido há 15 dias uma audiência ao comandante-geral, Mourato Nunes, para discutir esta matéria e não tenha recebido ainda qualquer resposta.

Outra crítica endereçada aos responsáveis da Guarda é o facto de não terem ainda dado qualquer informação aos efectivos da corporação acerca das mudanças que vão ocorrer na sequência de uma resolução aprovada dia 1 deste mês em Conselho de Ministros.

Entre outras medidas, o Governo decidiu extinguir as brigadas territoriais, de Trânsito e Fiscal, criando grupos territoriais ajustados aos 18 distritos do continente.