Iraque: mais de 50 mortos em ataques registados durante a manhã
O atentado mais mortífero ocorreu em Karrada, no centro da capital iraquiana, quando um carro armadilhado explodiu à passagem de um grupo de veículos transportando famílias xiitas que regressavam de uma peregrinação à cidade de Kerbala. Segundo um último balanço das autoridades, 31 pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas na explosão.
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O atentado mais mortífero ocorreu em Karrada, no centro da capital iraquiana, quando um carro armadilhado explodiu à passagem de um grupo de veículos transportando famílias xiitas que regressavam de uma peregrinação à cidade de Kerbala. Segundo um último balanço das autoridades, 31 pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas na explosão.
Milhões de xiitas regressam por estes dias da peregrinação a Kerbala, 110 quilómetros a sul de Bagdad, no final das comemorações do assassinato do imã Hussein, neto do profeta Maomé, que reuniram na cidade santa “entre seis a nove milhões” de pessoas, segundo as autoridades locais.
Ainda em Karrada, dois civis morreram e seis ficaram feridos na explosão de um segundo carro armadilhado, detonado junto a um posto de controlo da polícia à entrada do bairro.
Outros dez civis morreram hoje e sete ficaram feridos em consequência de um atentado suicida. Um homem com um cinto de explosivos accionou a carga quando estava dentro de um minibus no bairro de Moustansiriya, no norte da capital.
O Ministério do Interior contabilizou outros 15 mortos em atentados registados em vários pontos do país, entre eles um ataque à bomba contra a sede do Partido Islâmico, principal formação sunita, na cidade de Mossul, no Norte do Iraque. Após a explosão, as autoridades encontraram os corpos de três polícias e de uma quarta pessoa que se presume ser o bombista-suicida.
Em Baladruz, 100 quilómetros a nordeste de Bagdad, a explosão de um engenho artesanal à passagem de um mini-autocarro matou cinco operários e feriu outros dez.
Estes ataques ocorrem um dia depois dos países e organizações presentes na conferência de Bagdad se terem comprometido a colaborar no reforço da segurança do Iraque. O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, pediu aos países vizinhos para deixarem de apoiar grupos armados – um apelo que foi secundado pelo embaixador americano em Bagdad – mas o Irão, várias vezes acusado de armar e financiar as milícias xiitas, responsabilizou a ocupação militar americana pela violência.