Bispos timorenses e Vaticano apelam ao fim da violência no país
No seu boletim de notícias, a UCA refere que o apelo conjunto foi feito numa missa na Catedral da Imaculada Conceição, em Díli, pelo bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, na presença do seu homólogo da capital timorense, D. Alberto Ricardo da Silva, e do arcebispo Leopoldo Girelli, núncio papal do Vaticano.
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No seu boletim de notícias, a UCA refere que o apelo conjunto foi feito numa missa na Catedral da Imaculada Conceição, em Díli, pelo bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, na presença do seu homólogo da capital timorense, D. Alberto Ricardo da Silva, e do arcebispo Leopoldo Girelli, núncio papal do Vaticano.
"Convidamos todos a construir uma cultura de paz e de respeito mútuo entre as pessoas que estão a sofrer bastante. Estamos a sofrer devido a actos prolongados de violência e de intimidação. Apelo a todos os cidadãos para que se amem uns aos outros", sublinhou o bispo de Baucau.
A missa foi presenciada por cerca de três dezenas de padres e por mais de mil fiéis e realizou-se por ocasião do final da visita pastoral feita ao país pelo arcebispo Girelli, a primeira desde que, em 2006, foi nomeado núncio apostólico para a Indonésia e Timor-Leste.
Os religiosos apelaram também aos líderes políticos do país e à comunidade internacional para que "ajudem a criar um clima de paz e de estabilidade" em Timor-Leste, adiantando que a violência, a continuar, "pode pôr em causa a transparência" das eleições presidenciais de 9 de Abril.
"A Igreja Católica não tolera a violência", reforçou, por seu lado, o bispo de Díli, apelando à população para que resolva as suas divergências através do diálogo e não da violência, num país em que os católicos representam 96 por cento dos cerca de um milhão de habitantes, releva a UCA.
Desde Abril de 2006 que Timor-Leste tem sido palco de actos de violência entre facções rivais, situação agravada nas últimas semanas com o ataque a três postos da polícia perpetrado por um grupo rebelde liderado pelo antigo chefe da Polícia Militar timorense Alfredo Reinado.
O grupo rebelde esteve cercado pelas tropas australianas em Same, sul do país, mas o seu líder conseguiu iludir o cerco e escapar a uma investida das forças internacionais de estabilização, que provocou, porém, a morte a cinco rebeldes.