Aprovado primeiro plano mundial para proteger atum da sobre-pesca
O plano foi aprovado no final de uma conferência internacional que decorreu nos últimos cinco dias em Kobe, no Japão.
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O plano foi aprovado no final de uma conferência internacional que decorreu nos últimos cinco dias em Kobe, no Japão.
O documento visa coordenar as políticas daqueles cinco organismos em matéria de controlo do comércio mundial do atum, através de sistemas de etiquetagem, da partilha de informações e da elaboração conjunta de listas negras de navios acusados de praticar pesca ilegal.
Os participantes nesta conferência reconheceram "a necessidade crítica de travar o declínio dos 'stocks' de atum e mantê-los a níveis sustentáveis".
Até agora, cada um dos cinco organismos mundiais de regulação da pesca do atum estabelecia as suas próprias cotas e dispunha de um sistema próprio de vigilância dos "stocks" de peixe. Os ecologistas criticam este sistema, que consideram demasiadamente fechado e ineficaz.
A conferência de Kobe reuniu pela primeira vez os cinco organismos de regulação mundial que operam no Atlântico, no centro-oeste do Pacífico e no Índico, a comissão inter-americana do atum tropical e a comissão de conservação do atum vermelho do sul. No total, estas organizações representam mais de 60 países.
Os "stocks" de atum estão em perigo de extinção comercial, sobretudo devido ao crescente interesse mundial pela cozinha japonesa, que usa muito o atum cru, nomeadamente para a preparação de pratos como o "sushi" e o "sashimi".
Segundo um recente relatório do Fundo Mundial para a Natureza, as reservas comerciais de atum poderão extinguir-se em apenas um ano nalgumas zonas, entre as quais o Mediterrâneo, devido ao excesso de capturas.