Nazaré: encontrado mais um corpo dos pescadores de barco naufragado

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O corpo da última vítima encontrada foi resgatado a cerca de cinco quilómetros do local do naufrágio Mário Caldeira/Lusa

O comandante da capitania da Nazaré, José Miguel Neto, avançou que o corpo resgatado foi avistado inicialmente a partir de terra e mais tarde retirado da zona de rebentação no mar por um helicóptero da Força Aérea.

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O comandante da capitania da Nazaré, José Miguel Neto, avançou que o corpo resgatado foi avistado inicialmente a partir de terra e mais tarde retirado da zona de rebentação no mar por um helicóptero da Força Aérea.

O corpo estava perto da Praia de Vale Furado, a cerca de cinco quilómetros a norte da Praia da Légua, e terá sido arrastado pelas fortes correntes que se fazem sentir na zona.

Com este resgate, permanecem ainda desaparecidos três tripulantes do barco "Luz do Sameiro", que poderá permanecer encalhado na areia ainda hoje.

De acordo com o comandante da capitania da Nazaré, a possibilidade de rebocar o barco para o colocar em segurança parece estar afastada, já que a embarcação e as redes de pesca que a rodeiam têm sido revistadas nas últimas horas por mergulhadores de São Martinho do Porto, em busca de mais desaparecidos.

"Já fomos ao interior do barco e tirámos um corpo e já pesquisámos as artes de pesca e não parece existir ali mais nenhum" tripulante, disse José Miguel Neto.

Perante isto, a remoção do barco deverá ser feita em articulação com a seguradora do armador, já que está "bem encalhado na areia e não deve sair dali", admitiu o responsável.

O armador é também pai do mestre da embarcação, que não sobreviveu ao acidente, pelo que as autoridades marítimas não irão abordar a questão do reboque hoje, mas possivelmente amanhã.

Entretanto, a Polícia Marítima e os bombeiros da Nazaré poderão "reforçar a segurança do barco", seja prendendo-o com cabos ou arrastando-o um pouco mais para a costa. "Vamos estudar ainda isso", afirmou o comandante do porto.

A tripulação tinha pernoitado esta noite na Nazaré e estava a regressar a Vila do Conde, de onde seis dos sete tripulantes são naturais.

Em situações de afogamento, os corpos costumam dar à costa no prazo de seis horas, ou então só 48 horas depois, devido ao processo de decomposição.