Saddam Hussein: condenação à morte é "sacrifício pelo Iraque"

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Saddam foi condenado à morte a 5 de Novembro, pelo massacre de 146 camponeses xiitas, em 1982 AP (arquivo)

"Entrego-me ao sacrifício. Se Deus quiser, irá colocar-me junto dos mártires e dos verdadeiros homens", lê-se numa carta dirigida "ao povo iraquiano", com a data de ontem, autenticada pelos seus advogados e citada hoje pela agência AFP.

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"Entrego-me ao sacrifício. Se Deus quiser, irá colocar-me junto dos mártires e dos verdadeiros homens", lê-se numa carta dirigida "ao povo iraquiano", com a data de ontem, autenticada pelos seus advogados e citada hoje pela agência AFP.

"Os inimigos do vosso país — os invasores e os persas — encontraram uma barreira na unidade que há entre vós e os que vos dirigem. É por isso que tentam semear o ódio", prossegue o texto, em referência ao Exército norte-americano e ao vizinho Irão.

Segundo a lei iraquiana, o antigo ditador terá de ser enforcado no prazo máximo de 30 dias a partir da data da confirmação da sentença pela comissão de apelo, anunciada ontem.

Hussein foi condenado à morte no dia 5 de Novembro pelo massacre de 146 xiitas, em 1982, na aldeia de Dujail.