Tribunal iraquiano confirma execução de Saddam nos próximos 30 dias

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Além de Saddam, a comissão de apelo confirmou também a condenação à morte de três outros arguidos neste caso Scott Nelson/EPA

O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki — membro da maioria xiita, perseguida pelo regime de Saddam Hussein —, já fez saber que a execução deve ter lugar ainda antes do final do ano.

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O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki — membro da maioria xiita, perseguida pelo regime de Saddam Hussein —, já fez saber que a execução deve ter lugar ainda antes do final do ano.

Segundo a lei iraquiana, a sentença "tem que ser aplicada dentro de 30 dias", confirmou hoje o juiz Aref Abdul-Razzaq al-Shahin em conferência de imprensa. "A partir de amanhã, qualquer dia poderá ser o dia da aplicação" da pena de morte, sublinhou o responsável.

Al-Shahin indicou que a confirmação da sentença anunciada a 5 de Novembro "foi tomada por unanimidade" pelos nove juízes da comissão de apelo.

"O nosso papel termina aqui. Agora cabe à autoridade executiva aplicar a sentença", concluiu.

Comissão de apelo recomenda condenação à morte de Taha Yassine Ramadan

A resposta de hoje ao recurso apresentado no passado dia 3 pela defesa de Saddam Hussein vale também para os outros dois arguidos condenados à pena máxima pela morte de 148 xiitas na aldeia de Dujail, em 1982 — o meio-irmão de Saddam Hussei, Barzan al-Tikriti, antigo chefe dos serviços secretos; e o antigo presidente do tribunal revolucionário, Awad al-Bandar.

Quanto ao ex-primeiro-ministro Taha Yassine Ramadan — outro dos sete arguidos, condenado a prisão perpétua —, o tribunal aconselhou que a sua sentença seja agravada, defendendo que também ele deveria ser executado.

Os restantes arguidos — três antigos responsáveis locais do partido Baas — foram condenados a 15 anos de prisão.

Os sete arguidos foram condenados por crimes contra a humanidade devido ao seu envolvimento no massacre de Dujail, no âmbito da chamada campanha de Al Anfal, em 1987 e 1988, durante a qual o Exército iraquiano bombardeou com armas químicas centenas de aldeias do Curdistão iraquiano.