Morreu James Brown, o “pai da soul”
Brown foi hospitalizado ontem com pneumonia e morreu às 06h45 (hora de Lisboa), acrescentou o seu agente, Frank Copsidas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Brown foi hospitalizado ontem com pneumonia e morreu às 06h45 (hora de Lisboa), acrescentou o seu agente, Frank Copsidas.
“Sex machine” e “dynamite” eram outros dos apelidos por que era conhecido James Brown.
O cantor, que primava pelas coreografias dos seus espectáculos, nunca quis revelar a sua data de nascimento, supondo-se que tenha nascido entre 1928 e 1933, pelo que não é certo que tivesse 73 anos.
Num país, EUA, que, na altura, não permitia grandes liberdades às minorias, uma criança preta devia sobreviver junto da sua família na apanha do algodão das fazendas dos ricos ou encerando sapatos na cidade de Augusta, na Geórgia.
A sua adolescência cristalizou as suas frustrações e os seus sonhos. Aos 16 anos foi preso, acusado de ter participado num ataque à mão armada. Na prisão, conhece Bobby Byrd e entra no seu grupo de “gospel”. Em 1952, junta-se ao “Starlighters”, conjunto que mudou de nome e passou a chamar-se “James Brown and the Famous Flames”.
O grupo editou dois álbuns, "Please, Please, Please", em 1956, e "Try Me", em 1958, abandonando um pouco o “gospel” para ir ao encontro de ritmos mais nervosos do “rythm” e do “blues”.
Saído em 1961, “Night Train” constitui, pela rapidez do ritmo, o primeiro álbum com a marca James Brown. Mas este álbum será ainda ultrapassado pelo “Live at Apollo”, editado ao vivo a 24 de Outubro de 1962.