Pilotos protestam a partir de hoje com cumprimento de férias e folgas
O presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, Tiago Matos, afirma que é muito comum as companhias pedirem aos pilotos para trabalharem nos seus tempos de descanso, quando há voos em aberto. Afirma que, só na TAP, os cerca de 700 pilotos têm em atraso quatro mil dias de férias e dois mil dias de folgas. O que os pilotos tencionam fazer é cumprir o que está estipulado nas escalas de trabalho, sem alterações. "Não queremos prejudicar os passageiros e as companhias, mas alguns efeitos [o protesto] há-de ter", afirma.
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O presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, Tiago Matos, afirma que é muito comum as companhias pedirem aos pilotos para trabalharem nos seus tempos de descanso, quando há voos em aberto. Afirma que, só na TAP, os cerca de 700 pilotos têm em atraso quatro mil dias de férias e dois mil dias de folgas. O que os pilotos tencionam fazer é cumprir o que está estipulado nas escalas de trabalho, sem alterações. "Não queremos prejudicar os passageiros e as companhias, mas alguns efeitos [o protesto] há-de ter", afirma.
O porta-voz da TAP, António Monteiro, não prevê cancelamentos de voos, mas não pode "garantir que tudo corra a 100 por cento". De qualquer forma, existe sempre uma bolsa de tripulantes disponíveis para substituições de última hora, nota.
O Sindicato dos Pilotos considera que a passagem da idade da reforma dos 60 para os 65 anos pode pôr em causa a segurança dos passageiros, porque a profissão tem "desgastes físicos e psíquicos óbvios".
O diploma, citado pela agência Lusa, diz que o limite de idade é alargado, desde que "observadas certas condições operacionais e médicas, tais como a introdução de exames adicionais, quer na avaliação cardiovascular, quer na avaliação neuropsicológica". A proposta de decreto-lei ressalva que o piloto-comandante ou co-piloto que tenha atingido os 60 anos de idade pode exercer funções, desde que seja o único membro da tripulação de voo que tenha chegado aos 60 anos.