Bloco lança campanha contra aumento de seis por cento da electricidade

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Este assunto será também discutido no Parlamento, na próxima quarta-feira, quando for apreciado um projecto de lei do BE que defende aumentos do preço da electricidade para consumo doméstico com base na inflação, como a lei estabelecia até agora.

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Este assunto será também discutido no Parlamento, na próxima quarta-feira, quando for apreciado um projecto de lei do BE que defende aumentos do preço da electricidade para consumo doméstico com base na inflação, como a lei estabelecia até agora.

Mas antes disso haverá uma campanha de rua com panfletos explicando as alegadas “verdadeiras razões” da subida.

“Por que é que a electricidade sobe quatro vezes mais do que os salários”, já que o aumento decretado pelo Governo é de seis por cento ao ano, durante os próximos anos e a começar já em Janeiro, é a questão lançada na campanha, que o líder do BE, Francisco Louça, apresentou hoje.

Aumento visa valorizar REN na privatização

As explicações, segundo os bloquistas, não são os actuais preços, que já são dos mais elevados na Europa.

Para o BE, “o Governo quer que os consumidores paguem custos de infra-estruturas e outros investimentos” fazendo aumentar os lucros da REN (gestora da rede de distribuição), que por esta via ganhará valor antes de ser privatizada.

O aumento é injustificado, insiste Francisco Louçã, que defende em alternativa um escalonamento segundo os consumos, ou seja, “pagando mais quem gasta exageradamente ou desperdiça”.

Isto à semelhança do que se faz já, aliás, com o consumo de água, exemplifica.

A discussão do decreto de lei será realizada um dia depois do demissionário presidente da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) ir ao Parlamento para ser recebido pela Comissão de Economia.

Este encontro foi agendado antes de Jorge Vasconcelos ter anunciado, ontem, a sua demissão.