Indústria portuguesa critica nova legislação sobre produtos químicos

Fotogaleria

Em declarações à rádio TSF, o presidente da CIP disse que teme, sobretudo, os custos económicos que considera que o Reach trará. "Todos os produtos que existem no mercado vão ter que ser analisados", assinala. "Vai ser muito difícil e extremamente caro provar em vinte ou trinta argumentos cada produto, tudo em laboratórios, com os preços absolutamente estratosféricos", disse.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Em declarações à rádio TSF, o presidente da CIP disse que teme, sobretudo, os custos económicos que considera que o Reach trará. "Todos os produtos que existem no mercado vão ter que ser analisados", assinala. "Vai ser muito difícil e extremamente caro provar em vinte ou trinta argumentos cada produto, tudo em laboratórios, com os preços absolutamente estratosféricos", disse.

Francisco van Zeller receia ainda que a nova legislação leve à fuga de empresas da União Europeia e a uma subida de preços dos produtos. Ou se pagarão "os produtos muito mais caros" — o que põe em causa o factor concorrencial —, ou as empresas poderão ser deslocalizadas "para fora da Europa, para a América do Sul ou Estados Unidos, ou mesmo Médio-Oriente."

"A própria investigação poderá começar-se a ir embora porque não está para se sujeitar às regras que o Reach obriga," disse o mesmo responsável.

O presidente da CIP diz que o Reach "não é uma questão de segurança" mas sim "uma guerra entre os grandes movimentos ambientalistas mundiais — o Greenpeace, o World Wide Fund — contra a indústria química mundial".

Van Zeller, que assume que haja "falhas na indústria química", mas vinca que "a química rodeia-nos em tudo, desde as pastas de dentes aos remédios, à roupa que a gente usa, às canetas, à tinta, aos computadores".