Gilberto Madaíl diz que instrução do Apito Dourado termina em Fevereiro

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Gilberto Madaíl foi arrolado como testemunha abonatória de Valentim Loureiro Estela Silva/Lusa

"O juiz tem o processo há um mês e meio, mas, pela forma como está a agir, e fui autorizado a dizê-lo, acredita que poderá proferir uma decisão até meados de Fevereiro", afirmou Gilberto Madaíl.

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"O juiz tem o processo há um mês e meio, mas, pela forma como está a agir, e fui autorizado a dizê-lo, acredita que poderá proferir uma decisão até meados de Fevereiro", afirmou Gilberto Madaíl.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), arrolado como testemunha abonatória de Valentim Loureiro, foi ouvido durante uma hora e meia pelo juiz Pedro Miguel Vieira, no âmbito da fase instrutória do processo Apito Dourado, relativo a corrupção no futebol português.

À saída do tribunal, e mesmo escudando-se na situação do processo se encontrar em segredo de justiça, Gilberto Madaíl disse também que ficou "bem impressionado com a dinâmica aplicada pelo juiz à avaliação do processo".

Madaíl: "Estava à espera de outro tipo de perguntas"

O dirigente federativo, que sublinhou a sua condição de "testemunha e não arguido", confessou que "estava à espera de outro tipo de perguntas, que acabaram por não surgir", mas que prestou todos os esclarecimentos que lhe pediam.

Segundo Gilberto Madaíl, que manifestou também o seu desejo pessoal de que "todo o processo seja avaliado, para se saber se há julgamento ou não", o juiz Pedro Miguel Vieira terá ficado satisfeito com o depoimento.

O dirigente referiu igualmente que "os arguidos não são culpados sem terem sido julgados e condenados" e, como tal, a justiça desportiva, neste processo de corrupção, só poderá ser activada depois da cível.

Gilberto Madaíl admite terem sido solicitadas certidões e levantados processos de inquérito, mas que estes só passarão a processos disciplinares desportivos depois de conhecidas as decisões judiciais.

Madaíl diz que Apito Dourado já lhe deixou marcas pessoais

O dirigente frisou que "o que se está a passar em Portugal também se verifica em países como Espanha, Alemanha, Holanda e Grécia", salientando que o processo Apito Dourado já lhe deixou marcas pessoais.

Em causa está a retirada da sua candidatura ao Comité Executivo da UEFA, em 2004, em plena crise do Apito Dourado - a situação terá sido apenas adiada, já que Gilberto Madaíl tenciona candidatar-se a este órgão.

O responsável adiantou que remeteu para as instâncias competentes o processo que lhe foi entregue por Pedro Mourão, ex- presidente da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, após ter lido a exposição que continha.

Gilberto Madaíl, que, no próximo ano, será reconduzido para um novo mandato na FPF, elegeu como objectivo a conquista do título europeu e, no tocante à questão da credibilização do futebol, estende que estará dependente das novas leis desportivas.