Severiano Teixeira: risco no Líbano não se agravou
"A zona onde estão as tropas portuguesas é uma zona que está calma. Não é o que se passa, por exemplo, em Beirute. Aquilo que estou seguro é que as tropas portuguesas ao serviço das Nações Unidas darão um contributo importante para a estabilidade no Líbano", disse o ministro português, em declarações à Lusa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
"A zona onde estão as tropas portuguesas é uma zona que está calma. Não é o que se passa, por exemplo, em Beirute. Aquilo que estou seguro é que as tropas portuguesas ao serviço das Nações Unidas darão um contributo importante para a estabilidade no Líbano", disse o ministro português, em declarações à Lusa.
Severiano Teixeira, que rumará a Beirute após o encontro em Paris com nove dos seus homólogos europeus e magrebinos, disse ainda esperar que impere o " bom senso" por parte dos principais protagonistas na cena política libanesa para que não se consume o cenário de guerra civil que tem sido vaticinado por alguns observadores da realidade do país.
"Espero bem que não, que haja bom senso de parte a parte e espero que a comunidade internacional continue a desempenhar um papel importante no sentido de levar a estabilidade ao Líbano", afirmou ainda.
Nos últimos dias, muitos têm sido os responsáveis políticos libaneses que acusam o movimento xiita Hezbollah de planear para esta semana um golpe de Estado para derrubar o Governo.
Esta mesma convicção foi expressa há dois dias por Fouad Siniora, com quem Severiano Teixeira se encontrará amanhã, que acusou o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, de planear um golpe de Estado para fazer nomear um primeiro-ministro da sua confiança.
No domingo, milhares de pessoas saíram às ruas em Tripoli, segunda maior cidade do país. Uns manifestavam apoio ao governo libanês, outros exigiam a sua demissão. As manifestações ocorreram, um dia depois de o jornal “Al-Akhbar”, próximo do Hezbollah, ter previsto o bloqueio de auto-estradas, do porto e do aeroporto e a paralisação da administração.
Portugal tem 141 militares no Líbano ao serviço da Força de Interposição das Nações Unidas (FINUL).