Dentistas: candidatos à Ordem defendem saúde oral contratualizada no SNS
Orlando Monteiro da Silva, actual bastonário e candidato a um terceiro mandato nas eleições de amanhã para o triénio 2007/2009, disse à agência Lusa que foram iniciados contactos com a estrutura que lidera a reforma dos centros de saúde para que as Unidades de Saúde Familiar (novas estruturas dos cuidados primários) venham a seguir este modelo.
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Orlando Monteiro da Silva, actual bastonário e candidato a um terceiro mandato nas eleições de amanhã para o triénio 2007/2009, disse à agência Lusa que foram iniciados contactos com a estrutura que lidera a reforma dos centros de saúde para que as Unidades de Saúde Familiar (novas estruturas dos cuidados primários) venham a seguir este modelo.
"Mediante o pagamento de uma taxa moderadora de 15 euros, os utentes das Unidades de Saúde Familiar podem vir a ter acesso a cuidados de saúde oral dentro da sua área geográfica", pormenorizou o bastonário.
Para o candidato rival, Américo Afonso, ex-presidente da Sociedade de E stomatologia e Medicina Dentária, a prestação de cuidados de saúde oral aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passa também pela contratualização de serviços dos médicos dentistas.
"A integração no SNS é um modelo esgotado", afirmou Américo Afonso, que defende que a medicina dentária deve ser encarada "de uma forma integrada" no conjunto das especialidades médicas.
Américo Afonso, que também foi presidente do conselho de administração do Hospital de S. Marcos, em Braga, entre 2002 e 2005, assume a sua candidatura a bastonário é "uma ruptura" com a actual direcção, em relação à qual se gerou "algum descontentamento".
Entre as propostas do candidato a bastonário contam-se também o reforço do processo de licenciamento e certificação dos consultórios dos médicos dentistas e a creditação da formação ao longo da vida profissional.
Estes projectos fazem também parte do programa de Orlando Monteiro da Silva, que rebate as críticas defendendo que a actual direcção "cumpriu quase integralmente os seus objectivos", e que "alguns, poucos, que não conseguiu cumprir deveu-se a entraves burocráticos".
De acordo com Orlando Monteiro da Silva, dos 5300 médicos dentistas que vão eleger uma nova direcção para a Ordem, votaram já por correspondência mil profissionais, esperando-se "uma boa afluência" nos votos presenciais que vão decorrer em Lisboa, Porto, Coimbra, Funchal e Angra do Heroísmo.