Somália: islamistas anunciam ataque a Baidoa

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Os islamistas acusam as tropas governamentais de terem apoio das forças etíopes Mohammed Sheikh Nor/AP (arquivo)

“Derrotámo-los e não vamos parar o nosso combate. Vamos atacar e tomar Baidoa”, afirmou o porta-voz do Conselho Supremo Islâmico, Abdurahim Ali Muddey.

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“Derrotámo-los e não vamos parar o nosso combate. Vamos atacar e tomar Baidoa”, afirmou o porta-voz do Conselho Supremo Islâmico, Abdurahim Ali Muddey.

As forças leais ao Governo de transição e os milicianos somalis envolveram-se hoje em confrontos na região de Dinsoor, cidade situada 110 quilómetros a sul de Baidoa, afirmou, perante perto de cinco mil manifestantes reunidos em Mogadíscio, o chefe do executivo do Conselho Supremo Islâmico da Somália, o xeque Sharif Sheik Ahmed. Segundo o líder islamista, as tropas etíopes estiveram a apoiar as forças leais ao Executivo de transição.

“Posso confirmar que decorrem violentos combates na região de Dinsoor, mas desconheço o número de vítimas”, indicou, por sua vez, o coronel Abdulsak Afgadud, oficial das forças governamentais, que se recusou a comentar o alegado apoio das forças etíopes.

As autoridades da Etiópia — um país de maioria cristã com uma importante minoria somali — temem que os islamistas cheguem ao poder e que imponham um regime com vista à criação de uma Grande Somália que incorpore a região etíope, onde residem membros da etnia somali.

A Somália não tem Governo central desde o golpe de Estado contra o Presidente Mohamed Siad Barre, em 1991. Em 15 anos, dezenas de facções têm-se confrontado para controlar o país e todas as tentativas internacionais para ajudar a restaurar um Governo têm fracassado.