Remoção de destroços de prédios que ruíram em Coimbra está concluída

Foto
Com a destruição dos dois prédios desapareceram dois estabelecimentos que funcionavam no rés-do-chão Ferreira Santos/Lusa

Os dois edifícios antigos caíram na Rua dos Gatos, junto ao largo da portagem, provocando ferimentos numa pessoa que passava no local no momento da derrocada.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os dois edifícios antigos caíram na Rua dos Gatos, junto ao largo da portagem, provocando ferimentos numa pessoa que passava no local no momento da derrocada.

O comandante dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, José Augusto Almeida, indicou que os trabalhos para limpar os destroços foram interrompidos durante a última noite, "para permitir a colocação de um oleado em toda a extensão da parede" desguarnecida do prédio contíguo aos que aluíram.

As operações de remoção dos entulhos foram depois retomadas às 08h00 de hoje, contando com o apoio de camiões, duas máquinas giratórias, outros equipamentos e pessoal de uma empresa privada, e ficaram concluídas no cerca das 18h00.

Nas últimas 24 horas, várias pessoas assistiram no local à complicada operação de limpeza da Rua dos Gatos, onde vários estabelecimentos comerciais estiveram encerrados e outros sofreram limitações ao seu funcionamento. O Largo da Portagem foi vedado na quase totalidade para impedir a passagem de pessoas e facilitar a remoção dos destroços, realizada sobretudo através de uma rampa feita com saibro nas escadas dos Gatos, pela qual subiam e desciam as viaturas de carga.

Segundo o vereador Álvaro Seco, com a destruição dos dois prédios desapareceram também dois estabelecimentos que funcionavam no rés-do-chão.

Moradores e comerciantes questionam amanhã a autarquia

O titular do pelouro da Protecção Civil disse que vários moradores e comerciantes planeiam deslocar-se amanhã de manhã, aos Paços do Concelho, para "apresentar os seus problemas" ao presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação.

Álvaro Seco adiantou que uma equipa de especialistas do Instituto Técnico de Construções, da Universidade de Coimbra, foi convidada pela autarquia para avaliar a situação e depois apresentar um relatório. "Pretendemos saber que intervenções devem ser feitas e onde as fazer, incluindo nos prédios vizinhos que também foram afectados pela derrocada", declarou o vereador, confirmando que vários edifícios da zona sofreram "prejuízos graves".

Dois dos estabelecimentos atingidos pelo desastre, uma loja de pronto-a-vestir e um bar, não têm, para já, condições para reabrir ao público, segundo Álvaro Seco.

A partir de agora outras intervenções da responsabilidade da autarquia passam para a alçada do Departamento da Habitação e do Gabinete do Centro Histórico.