Maria José Nogueira Pinto garante que assumiu pelouros "com extrema lealdade"
Mesmo sem pelouros, a vereadora comprometeu-se a "continuar a desempenhar as funções de vereadora no cumprimento do programa eleitoral com que se apresentou aos lisboetas".
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Mesmo sem pelouros, a vereadora comprometeu-se a "continuar a desempenhar as funções de vereadora no cumprimento do programa eleitoral com que se apresentou aos lisboetas".
Em comunicado, Nogueira Pinto escusa-se, "para já", a adiantar mais esclarecimentos, que remeteu para "um momento próximo".
Segundo fonte municipal, a responsabilidade do Comissariado para a Reabilitação da Baixa-Chiado será assumida pelo presidente da câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues.
Os pelouros da Habitação Social e a tutela da empresa municipal Gebalis, que gere os bairros camarários, serão assumidos pelo vereador Sérgio Lipari Pinto (PSD).
Este vereador, que foi director-geral da Gebalis no anterior mandato autárquico, liderado por Pedro Santana Lopes, acumulará os novos pelouros com os da Acção Social, Criança e Educação, enquanto Carmona Rodrigues junta o comissariado aos pelouros que já detinha: Turismo, Regimento de Sapadores Bombeiros, Segurança e Protecção Civil.
O presidente da autarquia afirmou esta noite que Nogueira Pinto "violou um dever de lealdade e de confiança elementar na relação entre pessoas que estão unidas por um acordo político", pelo que decidiu retirar à vereadora democrata-cristã "todos os pelouros que lhe estavam atribuídos".
Na origem da decisão do presidente da autarquia da capital terá estado o voto contra de Maria José Nogueira Pinto na reunião camarária de ontem sobre a nomeação de Nunes Barata para a presidência do conselho de administração da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) da Baixa Pombalina.
Com essa decisão ficou inviabilizada a nomeação de um novo conselho de administração da SRU, que está desde o início do mês com apenas um administrador.
A vereadora assumiu ter votado contra a nomeação de Nunes Barata, que trabalhou na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa enquanto Nogueira Pinto foi provedora da instituição, alegando que "a proposta apresentada não correspondia ao agendado nem ao previamente acordado".