Lisboa: CDU diz que "coligações com políticas erradas ressentem-se"
Ruben de Carvalho salientou que os vereadores comunistas - ele próprio e Rita Magrinho - são "da oposição" e foram "sempre da oposição em relação à política seguida pela coligação".
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Ruben de Carvalho salientou que os vereadores comunistas - ele próprio e Rita Magrinho - são "da oposição" e foram "sempre da oposição em relação à política seguida pela coligação".
Sobre o futuro de Nogueira Pinto no executivo camarário, o vereador do PCP na autarquia lisboeta afirmou que "uma coisa é certa: deixa de estar na maioria".
"Se estará na oposição, caberá a ela decidir".
O vereador recordou que, antes do acordo de coligação, em Janeiro deste ano, a vereadora Maria José Nogueira Pinto ficou do lado da oposição (PS, CDU e Bloco de Esquerda) em "duas votações importantes", relativas à delegação de poderes do presidente da autarquia, "que acabou por ficar diferente da delegação no anterior mandato".
Ruben de Carvalho afirmou desconhecer em concreto as razões que levaram ao fim do acordo pós-eleitoral entre o PSD e o CDS-PP, alegando que "os motivos são do interior da coligação", mas considerou que o chumbo de Nunes Barata para presidente do conselho de administração da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) da Baixa Pombalina pode ter sido "a gota-de-água" que ditou o fim da coligação.
A proposta de nomeação de Nunes Barata para a administração da SRU da Baixa Pombalina foi hoje rejeitada em reunião da câmara de Lisboa, por votação secreta, com nove votos contra e oito votos favoráveis.
O autarca comunista salientou que "houve conhecimento público" do conflito entre a vereadora Maria José Nogueira Pinto e a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), Paula Teixeira da Cruz, também líder da distrital de Lisboa do PSD.
Em Outubro, a vereadora atacou Paula Teixeira da Cruz, acusando-a de "animar um grupo de moradores" que participaram numa reunião da AML e de lhes ter oferecido os seus préstimos como advogada.
Na altura, a vereadora Nogueira Pinto afirmou que só continuaria na coligação enquanto tivesse "condições de dignidade".