EDP vende a ONI à Win Reason
O negócio vai render à eléctrica 160 milhões de euros, disse o administrador na conferência de imprensa de apresentação de resultados da EDP.
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O negócio vai render à eléctrica 160 milhões de euros, disse o administrador na conferência de imprensa de apresentação de resultados da EDP.
Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a eléctrica portuguesa explica que a venda de 100 por cento do capital da ONI vai passar, primeiro, pela compra pela EDP dos 44 por cento do capital social que ainda não detém (estão nas mãos do BCP, Brisa e Galp).
Esses 44 por cento do capital, juntamente com "todas as prestações acessórias" de que o BCP, a Brisa e a Galp são titulares vão ser comprados ao preço de "um euro por parcela", de acordo com o comunicado de imprensa.
A EDP vai comprar também todas as dívidas bancárias da ONI que se encontrem dispersas pelos credores. Antes das negociações, esta dívida estava estimada em 290 milhões de euros.
Numa segunda fase e após a autorização da Autoridade da Concorrência, a EDP venderá a totalidade do capital da ONI à Win Reason por 160 milhões de euros. A Riverside vai passar a ser detida a 33 por cento pela Gestmin, cujo presidente é Manuel Champalimaud, pelo que o negócio em causa conta com um parceiro português.
A Gestmin, que agora está a entrar no negócio das telecomunicações, tem já actividades diversas no sector imobiliário e no sector farmacêutico.
O comunicado da EDP esclarece ainda que na data da liquidação da venda, a eléctrica vai reduzir a sua dívida em 74 milhões de euros, o que terá um impacto positivo de 105 milhões de euros no seu resultado líquido.
Nos nove primeiros meses do ano, a ONI teve um contributo negativo de 41 milhões de euros no lucro da EDP. A eléctrica espera que a operação esteja concluída até ao início de 2007.
A EDP refere ainda que esta transacção "reflecte principalmente a reorientação da empresa para o negócio da energia".