Porto ganha hoje a sua terceira loja de Comércio Justo

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O comércio justo é uma forma de não penalizar os produtores do hemisfério sul Nuno Veiga/Lusa (arquivo)

A nova loja está situada na Rua de Cedofeita, uma das principais artérias comerciais da cidade, enquanto as outras duas estão em zonas da periferia, uma no CentralShopping na zona oriental da cidade e a outra no parque da Cidade, no extremo oeste do Porto.

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A nova loja está situada na Rua de Cedofeita, uma das principais artérias comerciais da cidade, enquanto as outras duas estão em zonas da periferia, uma no CentralShopping na zona oriental da cidade e a outra no parque da Cidade, no extremo oeste do Porto.

"Esta loja é maior que as outras e mais bem decorada, tendo pessoal treinado para dar o melhor aconselhamento aos clientes", disse aquela responsável.

As restantes duas lojas de comércio justo do Porto, também pertencentes à Reviravolta, baseiam o seu funcionamento em voluntários que não recebem ordenado.

A inauguração desta loja, que resulta de uma parceria entre a Associação Reviravolta, o CTM - Altromercato (uma das organizações europeias de Comércio Justo) e a Equação (importadora portuguesa de produtos de Comércio Justo de que a Reviravolta é membro fundador).

"O objectivo desta parceria é abrir lojas de Comércio Justo mais competitivas e mais bem localizadas, fortalecendo assim as organizações de base do movimento", disse Gabriela Silva.

O Comércio Justo é um movimento que criou uma rede solidária internacional que permite aos consumidores dos países ricos do hemisfério Norte a adquirir artigos de países em desenvolvimento (do hemisfério Sul), produzidos respeitando os direitos humanos e o ambiente.

O movimento rejeita o trabalho infantil e apresenta-se como uma alternativa ao comércio convencional, regendo-se sobretudo por objectivos éticos. O Comércio Justo procura contribuir para melhorar as condições de vida e bem-estar dos produtores, melhorando o seu acesso ao mercado, reforçando as organizações de produtores, pagando um preço melhor e garantindo continuidade na relação comercial.

Pretende ainda aumentar a consciencialização entre os consumidores relativamente aos efeitos negativos do comércio internacional convencional nos produtores pobres dos países subdesenvolvidos e ainda promover as boas práticas ambientais e a segurança económica nos países do hemisfério Sul.

As lojas Comércio Justo vendem um leque amplo de produtos que vão desde o artesanato até aos bens alimentares, passando pela bijutaria, têxteis, cestaria, cerâmica ou instrumentos musicais tradicionais de todo o mundo.

Esta é a décima Loja de Comércio Justo existente em Portugal, localizando-se as restantes em Braga, Barcelos, Amarante, Coimbra, Lisboa e Almada.