Black Holes & Revelations

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A culpa, claro, é do enganador Matt Bellamy: toca teclas e guitarra, apresenta fraca figura mas tem um vozeirão operático de partir copos de cristal, ar de quem não faz mal a uma mosca mas com um imaginário de guerra e destruição maior que a Terra do Meio. O trio inglês demonstra em "Black Holes & Revelations" como fazer um disco inteligente mas corpóreo, com referências delicadas mas sem passar pela pregação. E, acima de tudo, com uma limpeza de processos que fazem cada canção, por díspares que sejam, uma peça integrante e indispensável de um todo maior que as partes. Quer seja o electro-reggae-progressivo de "Supermassive black hole" (com voz de diva de disco, nem mais), quer seja a simplicidade da balada acústica "Soldier's poem", ou a pomposidade wagneriana muito Electric Light Orchestra de "Take a bow". Matt escreveu para "Invincible" "follow through, make your dreams come true, don't give up the fight”. Os Muse não desistiram, nunca, e saem vencedores de mais uma batalha musical.

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A culpa, claro, é do enganador Matt Bellamy: toca teclas e guitarra, apresenta fraca figura mas tem um vozeirão operático de partir copos de cristal, ar de quem não faz mal a uma mosca mas com um imaginário de guerra e destruição maior que a Terra do Meio. O trio inglês demonstra em "Black Holes & Revelations" como fazer um disco inteligente mas corpóreo, com referências delicadas mas sem passar pela pregação. E, acima de tudo, com uma limpeza de processos que fazem cada canção, por díspares que sejam, uma peça integrante e indispensável de um todo maior que as partes. Quer seja o electro-reggae-progressivo de "Supermassive black hole" (com voz de diva de disco, nem mais), quer seja a simplicidade da balada acústica "Soldier's poem", ou a pomposidade wagneriana muito Electric Light Orchestra de "Take a bow". Matt escreveu para "Invincible" "follow through, make your dreams come true, don't give up the fight”. Os Muse não desistiram, nunca, e saem vencedores de mais uma batalha musical.