Portugal considera "positiva e construtiva" a posição da UE sobre o Líbano
"A União Europeia falou de novo a uma só voz", disse Luís Amado no final da reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia (UE), desvalorizando as divergências entre os Estados-membros que defendiam a proposta da presidência finlandesa dos 25 a apelar a um "cessar-fogo imediato" e os que apoiavam a “cessação imediata das hostilidades”, a alternativa apresentada pelo Luxemburgo e largamente suportada pelo Reino Unido, Alemanha e Holanda.
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"A União Europeia falou de novo a uma só voz", disse Luís Amado no final da reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia (UE), desvalorizando as divergências entre os Estados-membros que defendiam a proposta da presidência finlandesa dos 25 a apelar a um "cessar-fogo imediato" e os que apoiavam a “cessação imediata das hostilidades”, a alternativa apresentada pelo Luxemburgo e largamente suportada pelo Reino Unido, Alemanha e Holanda.
Luís Amado reconheceu que "naturalmente houve duas posições em confronto", uma mais orientada para uma declaração a apelar um "cessar-fogo imediato" e outra, "mais realista", orientada para uma "posição de credibilidade" dos 25. O chefe da diplomacia portuguesa voltou a sublinhar que "Portugal analisará as condições em que participará” numa possível força internacional a enviar para o Líbano. "Assumiremos as nossas responsabilidades tendo em consideração as importantes responsabilidades que vamos ter na UE", disse o ministro.
Na conferência de imprensa após a reunião dos 25, o ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês, Erkki Tuomioja, considerou que, "do ponto de vista das pessoas que estão ameaçadas não existem diferenças entre o cessar das hostilidades e o cessar-fogo".
A ministra dos Negócios Estrangeiras britânica, Margaret Beckett, reforçou a ideia, salientando que a declaração da UE não é equivalente a uma "luz verde" para Israel continuar a ofensiva militar.
A declaração europeia apoia também o envio de uma força multinacional sob mandato da ONU, mas apenas se houver previamente um acordo entre as partes, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Philippe Douste-Blazy.
Por outro lado, o alto responsável da UE para a Política Externa, Javier Solana, anunciou que o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Miguel Angel Moratinos, deslocar-se-á à Síria amanhã ou quinta-feira em missão da UE para discutir a situação no Líbano.