AMI distribuiu hoje alimentos a 2700 deslocados em Beirute
“Os 449 cabazes, contendo feijão, grão, atum, açúcar, leite e outros alimentos, visaram cerca de 2700 pessoas, na sua maioria agricultores, que fugiram de Ainata deixando tudo para trás”, contou Fernando Nobre, presidente da AMI, à Agência Lusa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Os 449 cabazes, contendo feijão, grão, atum, açúcar, leite e outros alimentos, visaram cerca de 2700 pessoas, na sua maioria agricultores, que fugiram de Ainata deixando tudo para trás”, contou Fernando Nobre, presidente da AMI, à Agência Lusa.
Afirmando que "as principais preocupações da AMI são a alimentação, a qualidade da água e os medicamentos”, Fernando Nobre acrescentou que “os deslocados têm ocupado prédios e escolas, chegando a estar 30 a 40 pessoas numa sala de aula, sem espaço ou salubridade”.
Num país de quatro milhões de habitantes, “calcula-se que existam neste momento 800 mil a um milhão de deslocados”, disse o presidente da Assistência Médica Internacional, que já planeou a agenda da sua equipa para quarta e quinta-feira.
“Na quarta-feira, a equipa da AMI levará alimentos a 7200 deslocados de Bint-Jbeil e, no dia seguinte, vai abastecer com medicamentos alguns postos que servem as escolas de Beirute onde os deslocados se acumulam”, explicou Fernando Nobre.
Apelando “à Paz e ao fim dos bombardeamentos”, o presidente da AMI mostrou-se preocupado com a “difícil situação” do ensino e da economia do país.
“As aulas deviam começar no dia 8 ou 9, mas como será isso possível, se as salas servem para acolher deslocados? E a economia também está a ser afectada, pois quase todo o comércio está parado”, revelou o médico.
Fernando Nobre declarou ainda à Lusa que “os bombardeamento na refinaria de Tiro causaram um maré negra que já poluiu 70 dos 200 quilómetros da costa libanesa” e assinalou que “as praias de Beirute, que eram uma zona turística, estão todas negras”.