Maioria das portuguesas esquece-se de tomar a pílula
Intitulado "Summer Loving Survey", o estudo procurou avaliar a predisposição das mulheres portuguesas para o envolvimento sexual durante as férias e quais as formas mais utilizadas para evitar uma gravidez indesejável ou doenças sexualmente transmissíveis.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Intitulado "Summer Loving Survey", o estudo procurou avaliar a predisposição das mulheres portuguesas para o envolvimento sexual durante as férias e quais as formas mais utilizadas para evitar uma gravidez indesejável ou doenças sexualmente transmissíveis.
Realizado pelo laboratório farmacêutico Organon, com o apoio da Associação para o Planeamento da Família (APF), o trabalho inquiriu 601 mulheres residentes em Portugal Continental, entre 21 de Junho e 10 de Julho.
Os resultados revelam que quatro em cada dez portuguesas preocupa-se em organizar a contracepção para usar durante as férias, com a pílula a ser o contraceptivo mais usado (99 por cento indicam-no como preferencial), mas 83 por cento esquece-se "ocasionalmente" ou "com frequência" de a tomar.
Um valor muito superior ao que se verifica durante o dia-a-dia, em que 68 por cento as mulheres afirmam esquecer-se de tomar este contraceptivo. Ainda assim, 68 por cento das inquiridas admite que "ter um contraceptivo" as faz sentir "confiantes".
Para o director da APF, Duarte Vilar, estes dados dizem que "não se pode estar descansado porque a esmagadora maioria das mulheres que usa contracepção usa a pílula", uma vez que elas "utilizam os contraceptivos com falhas".
Além do risco de uma gravidez indesejada, no caso do uso incorrecto da pílula, Duarte Vilar salienta que o uso incorrecto dos métodos de contracepção representa também uma maior possibilidade de contrair uma infecção sexualmente transmissível.
Para combater este cenário, o director da APF realçou a necessidade de a "educação sexual não ser só dirigida aos jovens e às escolas, mas também aos jovens adultos".
No que toca às principais preocupações das veraneantes portuguesas para os tempos de ócio, o estudo indica que a tabela é liderada pelo bom tempo (86 por cento), a oportunidade de quebrar a rotina (75 por cento) e a possibilidade de descansar (74 por cento).
A possibilidade de se envolver num romance de férias é muito importante apenas para 32 por cento e um terço pensa o mesmo em relação à existência de romance e intimidade física durante o descanso de Verão.
Quanto aos comportamentos que costumam ter antes de ir de férias, a maioria das mulheres dedica-se a organizar o dinheiro e a fazer compras (fato de banho, roupa, acessórios e cosmética) para esse período.
Aproveitar o tempo de férias para dar nova cor à sua vida sexual não faz parte dos planos das inquiridas para o período de veraneio, pois apenas 27 por cento se declara mais sexualmente activa, enquanto 23 por cento diz gostar mais de ter relações sexuais nesta altura.
Para a maioria (54 por cento), o apetite sexual em férias é exactamente igual ao sentido durante os meses de trabalho e mais de metade das portuguesas entrevistadas nunca teve relações sexuais ocasionais.