Israel bombardeia portos de Beirute e Trípoli

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A aviação israelita voltou a atacar infra-estruturas no Sul do Líbano e nos subúrbios da capital Nasser Nasser/AP

De acordo com as agências internacionais, os bombardeamentos ocorreram quase em simultâneo e tiveram como alvo zonas de armazenamento de ambos os portos, atingidos por artilharia pesada disparada por navios e helicópteros israelitas.

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De acordo com as agências internacionais, os bombardeamentos ocorreram quase em simultâneo e tiveram como alvo zonas de armazenamento de ambos os portos, atingidos por artilharia pesada disparada por navios e helicópteros israelitas.

Esta foi a primeiro ataque da aviação israelita contra uma zona a norte da capital, o que representa uma nova escalada na ofensiva, desencadeada após o rapto de dois soldados israelitas, na passada quarta-feira. A acção foi reivindicada pelo movimento radical xiita Hezbollah provocando uma reacção em larga escalada das forças armadas israelitas, que impuseram um bloqueio naval, terrestre e aéreo ao vizinho do Norte.

A AP dá também conta de um ataque contra uma central eléctrica de Beirute, naquele que foi o primeiro bombardeamento em pleno dia contra uma zona central da capital.

Durante todo o dia multiplicaram-se os ataques contra a zona Sul do Líbano, bastião do Hezbollah, provocando pelo menos cinco mortos, bem como inúmeros bombardeamentos contra infra-estruturas a sua e oeste da capital.

Ao início da tarde, a aviação israelita bombardeou a casa do xeque Mohammed Yazbek, alto dirigente do movimento xiita libanês. O balanço do ataque não é conhecido até ao momento.

Hezbollah atinge Tiberíades

Em simultâneo, a guerrilha libanesa intensificou também o disparo de “rockets” contra o Norte de Israel. Fontes da defesa israelitas calculam que 80 projécteis tenham sido disparados a partir do outro lado da fronteira, fazendo mais de dezenas de feridos.

A acção mais espectacular ocorreu a meio da tarde, quando três “rockets” katyusha caíram na cidade de Tiberíades, uma estância turística na costa do mar da Galileia, 35 quilómetros a sul da fronteira com o Líbano. Os projécteis atingiram dois edifícios residenciais, ferindo oito pessoas.

O Exército israelita alertou, entretanto, que a guerrilha libanesa terá em sua posse mísseis iranianos, com capacidade para atingir Jerusalém e Telavive. De acordo com as mesmas fontes, o Hezbollah estará também a contar com o apoio dos Guardas da Revolução, a força de elite do Exército iraniano.

Estas alegações, secundadas pelos EUA, são usadas por Israel para justificar os ataques contra as infra-estruturas libanesas, argumentando que os portos e aeroportos visados estavam a ser usados pelo Hezbollah para importar armamento da Síria e Irão, países aliados do movimento.

Para prevenir eventuais ataques de maiores dimensões, o Exército israelita anunciou ter deslocado para a cidade de Haifa (30 quilómetros a sul da fronteira) baterias anti-mísseis Patriot. Este sistema de defesa é incapaz de interceptar "rockets" mas poderá proteger o território israelita de mísseis disparados do Líbano ou de outros países vizinhos.