Morte de seis bombeiros em Famalicão da Serra começa hoje a ser investigada
António Costa, que interrompeu uma visita a Marrocos, onde representaria o Estado português na Cimeira Europa-África sobre emigração, deslocou-se durante a madrugada de hoje a Famalicão da Serra.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
António Costa, que interrompeu uma visita a Marrocos, onde representaria o Estado português na Cimeira Europa-África sobre emigração, deslocou-se durante a madrugada de hoje a Famalicão da Serra.
O ministro chegou ao Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS) da Guarda às 02h30.
"Foi constituída uma comissão de inquérito que integrará elementos do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, técnicos da Afocelca, o professor Xavier Viegas, e que amanhã [hoje] mesmo começará a trabalhar tendo em vista o apuramento cabal de como é que se deu este trágico acidente", afirmou António Costa.
Quanto à detenção de um suspeito pela GNR da Guarda, o ministro adiantou que será presente hoje à autoridade judiciária para um primeiro interrogatório.
Para além de ter apresentado as condolências à família do bombeiro português, que era natural de Famalicão e integrava a secção avançada dos Bombeiros Voluntários de Gonçalo, na Guarda, também anunciou que apresentou as condolências, por telefone, ao embaixador do Chile em Portugal pela morte dos cinco homens que faziam parte de uma equipa helitransportada da Afocelca (entidade criada por um conjunto de empresas).
Por volta das 04h00, o comandante distrital de socorro da Guarda, António Fonseca, fez o ponto de situação do incêndio de Famalicão, garantindo que grande parte do perímetro se encontrava em vigilância.
"Temos alguns reacendimentos na linha de cumeada no alto da serra, e há uma frente virada a Sul, numa zona conhecida por Sendão, que está ainda com alguma actividade, embora moderada", adiantou.
No local do incêndio estavam um grupo de socorro de Leiria e a Coluna Nacional de Reforço, sedeada em Lisboa.
"Contamos que essa situação fique resolvida durante a madrugada, para que possamos ainda, antes das 10h00 ou 11h00 da manhã, consolidar as frentes já extintas para que não tenhamos tantos problemas relativamente a reacendimentos como é provável que venhamos a ter", disse António Fonseca.
No combate às chamas estiveram 301 bombeiros, apoiados por 81 veículos, incluindo três grupos de reforço de Castelo Branco, Leiria e Santarém e a Coluna Nacional de Reforço, de Lisboa.