Conferência de Madagáscar incita à preservação do ambiente em África

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A biodiversidade do continente está a desaparecer a um ritmo sem precedentes Obed Zilwa/AP

A “Declaração de Madagáscar”, assinada por 350 cientistas, decisores políticos e ambientalistas, diz que a riqueza natural do continente africano, até agora, não tem melhorado as vidas das populações mais pobres.

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A “Declaração de Madagáscar”, assinada por 350 cientistas, decisores políticos e ambientalistas, diz que a riqueza natural do continente africano, até agora, não tem melhorado as vidas das populações mais pobres.

“Os serviços dos ecossistemas que funcionam como a fundação do bem-estar humano – ar limpo, água potável, alimentos, madeira e medicina natural – estão a ser colocados em risco”, diz a declaração.

“É imperativo inverter esta tendência, em nome da sobrevivência de muitas pessoas”.

Durante os cinco dias da conferência, vários especialistas apresentaram cenários preocupantes. As taxas de desflorestação em África são mais rápidas do que o anteriormente pensado, agravando outros problemas como a perda de solo fértil e a perda de habitat para espécies raras que poderiam atrair turistas para os países pobres.

A biodiversidade do continente está a desaparecer a um ritmo sem precedentes.

A solução parece passar por “pontos de acção”, avançados durante a conferência. Os especialistas defenderam a protecção imediata das florestas em zonas costeiras, zonas húmidas, mangais, estuários e recifes de coral. Além disso, são necessárias políticas de incentivos para as comunidades locais gerirem os seus próprios recursos e novas alternativas ao carvão, para evitar o derrube de florestas.

A declaração defende a monitorização e avaliação do valor dos ecossistemas para a economia de um país.