Actividade do vulcão Merapi já levou à retirada de 18 mil pessoas

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Ontem, o Merapi lançou nuvens de fumo que assustaram os habitantes Panji Jatiwaluyo/EPA

O monte Merapi está em actividade há semanas. As nuvens de fumo de ontem, maiores do que o normal, levaram mais habitantes das localidades vizinhas a evacuar as suas aldeias.

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O monte Merapi está em actividade há semanas. As nuvens de fumo de ontem, maiores do que o normal, levaram mais habitantes das localidades vizinhas a evacuar as suas aldeias.

Hoje, muitos rezam com os olhos postos nas encostas. "Devemos aceitar o nosso destino. Devemos manter-nos calmos e rezar a Alá", disse um religioso às cerca de 40 pessoas que se reuniram para orar na mesquita da aldeia de Gondang, a dez quilómetros do pico vulcânico.

Devido às nuvens de fumo, as autoridades continuaram hoje a retirar mais habitantes da região. As autoridades colocaram em alerta vermelho as zonas num raio de sete quilómetros em redor do Merapi, indica a Reuters. Um responsável militar disse à mesma agência que 18 mil pessoas foram já retiradas da região.

Ainda assim, as aldeias não estão desertas. Pequenos grupos de homens ficaram para trás para cuidar das suas quintas e do gado.

O sismo de 27 de Maio, há duas semanas, matou mais de 5700 pessoas na zona de Yogyakarta e agravou a intensidade da actividade do vulcão Merapi. Contudo, os peritos dizem que as emissões de fumo não correspondem à erupção que previam.

O Merapi fica a 25 quilómetros de Yogyakarta e, mesmo que entre em erupção, os seus efeitos não devem chegar à cidade, já muito danificada pelo sismo.

A última erupção do Merapi - um dos vulcões mais perigosos do Anel do Pacífico - ocorreu em 1994 e matou 70 pessoas, a maioria das quais vítimas da cinza quente e de outros materiais cuspidos pelo vulcão.