Thom Yorke: água (electrónica) na boca
Não é, no entanto, o apregoado disco de electrónica experimental, não se dedica ao ruído como foi proposto, mas também não se atém a uma lógica estrita de canção, nem é uma mera transposição do universo de Yorke para um mundo plastificado.
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Não é, no entanto, o apregoado disco de electrónica experimental, não se dedica ao ruído como foi proposto, mas também não se atém a uma lógica estrita de canção, nem é uma mera transposição do universo de Yorke para um mundo plastificado.
Esperem um prolongamento de canções como "Backdrifts" e "The Gloaming" (ambas de "Hail to the Thief", o último registo de originais da banda inglesa), electrónica nevrótica, como se o Aphex Twin mais ambiental sofresse de uma neurose disruptiva e, no processo, decidisse experimentar o falsete.
Certo, certo é que "Analyse" e "The clock" vão deixar os menos aguerridos fãs das guitarras de água na boca. A confirmar a 10 de Julho.