Por causa deste desaire, Portugal não pode falhar na quinta-feira frente à vice-campeã Sérvia e Montenegro, em Barcelos, nem domingo com a Alemanha, em Guimarães.

Por causa deste desaire, Portugal não pode falhar na quinta-feira frente à vice-campeã Sérvia e Montenegro, em Barcelos, nem domingo com a Alemanha, em Guimarães.

Portugal falhou o primeiro exame à sua condição de um dos principais favoritos, pois raramente se impôs a um conjunto mais sólido e harmonioso, tecnicista e bem dotado fisicamente e que tinha três desequilibradores no ataque: Faubert, Pongole e Briand.

Na etapa inicial, Portugal, muito apático, praticamente não existiu no ataque, limitando as suas incursões a um remate de ângulo apertado de Hugo Almeida (4 minutos), que passou em frente à baliza, e um livre de Quaresma (17), que quase enganou o adiantado guarda-redes, embora este ainda fosse a tempo de desviar para canto.

Devido aos cuidados tácticos mútuos, a partida disputava-se a um ritmo morno que não empolgava o público, até que a França, mais consistente, decidiu assumir a partida. Aos 30 minutos, Pongole cruzou para a direita, onde surgiu Faubert a estoirar para a baliza, valendo a cabeça de Rolando (o defesa central ficou atordoado) a salvar sobre a linha.

Quatro minutos depois, na sequência de uma perda de bola de Raul Meireles, que escorregou, Pongole disparou de primeira e valeu a Bruno Vale o poste direito, que estremeceu: na recarga, Mavuda rematou, mas o guarda-redes segurou.

Portugal revelava-se impotente para travar o melhor futebol contrário e o golo gaulês, esquisito, mas justo, surgiu aos 40 minutos: Faubert, a maior dor de cabeça para os lusos, cobrou um livre na direita, Briand e Rolando cabecearam a meias, a bola bateu na trave e, ao cair, Bruno Vale acabou por confirmar o tento.

A aposta após o intervalo em Silvestre Varela para o ataque (substituiu o médio Manuel Fernandes) traduziu a obrigatoriedade de dar a volta ao resultado e Nani (51 minutos) foi o autor do primeiro remate a sério. Mas Mandanda brilhou na defesa – cinco minutos depois segurou mais facilmente a tentativa de Varela.

Com o tempo a passar, os gauleses jogaram cada vez mais em contenção – agora o contra-ataque raramente saía –, mas Portugal, mesmo com quatro homens na frente, não encontrou o caminho da baliza de Mandanda.

Ao intervalo: 0-1Marcador: 0-1, Jimmy Briand, 40 minutos

Equipas:

Bruno Vale, Nelson, José Castro, Rolando, Nuno Morais (Diogo Valente, 72), Raul Meireles, Manuel Fernandes (Silvestre Varela, 46), João Moutinho, Nani, Quaresma (Lourenço, 85) e Hugo Almeida.(Suplentes: Paulo Ribeiro (gr), Daniel Fernandes (gr), Semedo, Pedro Ribeiro, Diogo Valente, Custódio, Bruno Amaro, Filipe Oliveira, Silvestre Varela, Ricardo Vaz Té e Lourenço).

Steve Mandanda, Bakari Sagna, Grégory Bourillon, Jacques Faty, Jéremy Berthod, António Mavuda, Jérémy Toulalan, Yoann Gourcuff (Lassana Diarra, 66), Julien Faubert (Mathieu Flamini, 61), Florent Sinama-Pongolle e Jimmy Briand (Yohan Gouffran, 84).(suplentes: Jérémy Gavanon (gr), Simon Pouplin (gr), Lucien Aubey, Jean-Michel Badiane, François Clerc, Olivier Veigneau, Lassana Diarra, Mathieu Flamini, Bryan Bergougnoux, Yohan Gouffran e Anthony Le Tallec).

Ábitro: Howard Webb (Inglaterra)Acção disciplinar: cartão amarelo para Ricardo Quaresma (15), Jérémy Toulalan (23), Rolando (73), Jimmy Briand (73) e Diarra (80)
Assistência: cerca de 28.000 espectadores