Presidente e ex-líderes do PSD dizem que memória de Sá Carneiro continua viva
Na Basílica da Estrela, em Lisboa, na missa pelo antigo primeiro-ministro da Aliança Democrática - que morreu há exactamente 25 anos em Camarate, em consequência de um acidente de avião -, estiveram presentes os representantes dos principais órgãos de soberania.
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Na Basílica da Estrela, em Lisboa, na missa pelo antigo primeiro-ministro da Aliança Democrática - que morreu há exactamente 25 anos em Camarate, em consequência de um acidente de avião -, estiveram presentes os representantes dos principais órgãos de soberania.
Durante a celebração, nas primeiras filas, estiveram sentados o chefe de Estado, Jorge Sampaio, o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, o primeiro-ministro, José Sócrates, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues.
Na Basílica da Estrela, estiveram também quase todos os líderes que sucederam a Francisco Sá Carneiro na presidência dos sociais-democratas: Francisco Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Marcelo Rebelo de Sousa e Pedro Santana Lopes, além de Durão Barroso e Marques Mendes. O presidente do CDS-PP, Ribeiro e Castro, esteve igualmente presente.
No final da missa, o Presidente da República não prestou declarações, mas o primeiro-ministro recordou "a maneira empenhada como Francisco Sá Carneiro se bateu pela modernização do país".
"Sá Carneiro é uma referência para todos os que gostam da democracia e têm como objectivo a modernização de Portugal", afirmou José Sócrates, já depois do seu antecessor no cargo, Pedro Santana Lopes, considerar que a vida do primeiro presidente do PSD constituiu "um grande exemplo para a democracia portuguesa".
Por seu lado, Durão Barroso mostrou-se satisfeito por "verificar que 25 anos depois permanece bem viva a memória de Sá Carneiro".
O candidato a Presidente da República e primeiro-ministro entre 1985 e 1995, Cavaco Silva, classificou o fundador do PSD e seu chefe de Governo nos executivos da Aliança Democrática (1979/1980) como "um grande português".
"Francisco Sá Carneiro contribuiu para a construção de um regime democrático em Portugal. Devemos recordá-lo com muita saudade e respeito", disse Cavaco Silva.
No final da missa, o presidente do PSD fez questão de salientar que a celebração "reuniu representantes dos órgãos de Estado e personalidades de vários quadrantes políticos".
Interrogado sobre o processo judicial de Camarate - em que se tenta apurar as causas das mortes de Francisco Sá Carneiro, do seu antigo ministro da Defesa, Amaro da Costa, entre outros que seguiam no avião que descolou de Lisboa com destino ao Porto, a 4 de Dezembro de 1980 -, Marques Mendes considerou inoportuno o momento para se fazer comentários sobre esse caso.