Militares portugueses vão continuar na Bósnia, Kosovo e Afeganistão
Numa reunião extraordinária para deliberar sobre movimentos de chefias resultantes da nomeação recente do Chefe do Estado-Maior da Armada, o Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou o prolongamento das missões naqueles três teatros de operações, depois de ter "procedido à ponderação dos riscos inerentes".
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Numa reunião extraordinária para deliberar sobre movimentos de chefias resultantes da nomeação recente do Chefe do Estado-Maior da Armada, o Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou o prolongamento das missões naqueles três teatros de operações, depois de ter "procedido à ponderação dos riscos inerentes".
"Perante a informação prestada pelas chefias militares de que, quer nos aspectos de equipamento, quer nos que respeitam à preparação do pessoal, as Forças Armadas estão prontas a continuar as missões que actualmente lhes estão atribuídas, o Conselho decidiu aprovar a manutenção de forças militares portuguesas, durante o ano de 2006, nos Teatros da Bósnia-Herzegovina, do Kosovo e do Afeganistão, neste país até Agosto deste mesmo ano", lê-se no comunicado divulgado por Belém.
O Conselho decidiu também "assegurar a participação de quadros na formação de forças e serviço em quartéis-generais da Aliança, com efectivos e nas condições a definir pelas respectivas autoridades competentes e sem prejuízo de uma oportuna reavaliação".
De acordo com informação do Estado-Maior General das Forças Armadas, Portugal tem 236 militares ao serviço da União Europeia na Bósnia-Herzegovina, 308 no Kosovo e 157 no Afeganistão, nestes dois casos ao serviço da NATO.
Do Afeganistão, onde a 18 de Novembro morreu o sargento dos comandos João Paulo Roma Pereira, regressaram hoje a Lisboa os 37 militares que asseguraram, desde Agosto, o comando e gestão do aeroporto internacional de Cabul, missão em que foram substituídos por um contingente grego.
Na reunião de hoje, o Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou a proposta de exoneração do vice-almirante Melo Gomes do cargo de segundo-comandante do Quartel-General Conjunto da NATO em Oeiras e a nomeação do tenente-general Mário de Oliveira Cardoso para o substituir.
O vice-almirante Melo Gomes foi nomeado recentemente Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), tendo agora o Conselho Superior de Defesa Nacional procedido à nomeação de novos comandantes operacionais este ramo.
Assim, foi confirmada a exoneração do vice-almirante João Pires Neves de vice-CEMA, tendo sido nomeado para o cargo o vice-almirante Vítor Lopo Cajarabille.
O cargo de Comandante Naval passa a ser exercido pelo vice-almirante Fernando Vargas de Matos, em substituição do vice-almirante Henrique da Fonseca.
Para substituir o tenente-general Mário de Oliveira Cardoso como Comandante Operacional das Forças Terrestres foi nomeado o tenente-general António Alberto da Palma, "cuja promoção foi hoje confirmada".
Finalmente, o Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou as promoções a major-general dos coronéis Carlos Pinheiro Chaves, Raúl Ferreira da Cunha, Luís Ferreira da Silva, Mário Correia Gomes, Vítor Rodrigues Viana, Alfredo Piriquito, Joaquim Henriques e João da Silva Cândido.