Nações Unidas dizem que é preciso “fazer mais, muito mais” contra a sida
“É altura de reconhecer que, apesar de registarmos alguns progressos, a nossa resposta ainda não tem a escala da epidemia”, disse Annan.
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“É altura de reconhecer que, apesar de registarmos alguns progressos, a nossa resposta ainda não tem a escala da epidemia”, disse Annan.
O Presidente francês Jacques Chirac sugeriu a instalação nas escolas de máquinas que vendam preservativos e o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh apelou às pessoas para falarem abertamente de sexo seguro.
No Vaticano, o Papa Bento XVI disse que os programas baseados na promoção da abstinência e fidelidade no casamento estão a ter sucesso. “As estatísticas feitas em várias regiões africanas confirmam os resultados das políticas baseadas na promoção da fidelidade e importância da família”.
Jan Eliasson, presidente da Assembleia Geral da ONU, lamentou que “a resposta internacional ao vírus HIV e à sida seja tão lenta. Esta é uma das cicatrizes na consciência da nossa geração”. “Não podemos voltar atrás mas podemos garantir que, quando os historiadores olharem para a forma como o mundo respondeu ao HIV e à sida, vejam que 2006 foi o ano em que a comunidade internacional finalmente esteve à altura do desafio”, acrescentou. “Esta vasta tragédia humana é tão mais inaceitável se pensarmos que poderia ter sido evitada”.
Stephen Lewis, enviado especial da ONU para as questões da sida em África, alertou hoje para a situação precária do Fundo Global para a Luta contra a Sida, especialmente depois das promessas feitas pelo G8, em Julho, não se terem concretizado. “Precisamos de uma nova fonte de dólares”, disse, acrescentando que “essa fonte deve ser o sector privado”.
A ONU estima que existam no mundo 40,3 milhões de pessoas infectadas com o vírus da sida.