Associação Nacional de Farmácias critica estudo da Autoridade da Concorrência
O presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), João Cordeiro, lamenta também que o estudo da AdC "não analise a possibilidade de se importarem medicamentos de outros países da Europa, onde são mais baratos", o que considerou "estranho".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), João Cordeiro, lamenta também que o estudo da AdC "não analise a possibilidade de se importarem medicamentos de outros países da Europa, onde são mais baratos", o que considerou "estranho".
O relatório do estudo, intitulado "A situação concorrencial no sector das farmácias", recomenda a fixação de preços máximos para os medicamentos comparticipados, a liberalização da instalação de novas farmácias e o fim da actual restrição da propriedade da farmácia, vedada a quem não é farmacêutico.
A falta de novidades nas recomendações do relatório é justificada por João Cordeiro com o facto de o presidente da AdC já se ter manifestado publicamente favorável ao fim das regras de propriedade e abertura de farmácias em vigor. "O presidente da AdC já tinha a sua orientação definida e apenas sentiu necessidade de adquirir um estudo que a fundamentasse", afirmou o presidente da ANF.
Quanto à abordagem exclusiva das condições de concorrência na farmácia, João Cordeiro salientou que "é uma novidade relativamente à metodologia seguida noutros países" e lamentou que "não se faça uma análise da concorrência do circuito do medicamento no seu todo".
O presidente da ANF - organização que reúne cerca de 2500 farmácias - frisou que a associação mantém que "Portugal tem o melhor serviço farmacêutico ao mais baixo custo" e realçou que "o estudo não desdiz esta verdade".
A ANF vai agora "estudar responsavelmente as recomendações" da AdC e remete para mais tarde uma análise mais pormenorizada sobre o relatório.