ONU: Canadá confiante em progresso das negociações sobre o clima

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Dion diz que ainda existem diferenças quanto às soluções para o sobre-aquecimento Urs Flueeler/AP

Os cerca de dez mil delegados de 189 países que se vão reunir em Montreal de 28 de Novembro a 9 de Dezembro vão ainda tentar envolver os maiores países em desenvolvimento, como a China e a Índia, na redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

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Os cerca de dez mil delegados de 189 países que se vão reunir em Montreal de 28 de Novembro a 9 de Dezembro vão ainda tentar envolver os maiores países em desenvolvimento, como a China e a Índia, na redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

“Todos compreendem o problema [sobre-aquecimento global] mas ainda existem grandes diferenças quanto às soluções”, comentou o ministro do Ambiente canadiano, Stephane Dion.

“Vamos tentar progredir numa solução que consiga aproximar os países. Estou confiante em como vamos conseguir” isso em Montreal, disse o ministro na abertura de uma exposição sobre energias renováveis.

Esta será a primeira conferência climática da ONU desde que Quioto entrou em vigor, em Fevereiro deste ano.

Muitos países que ratificaram Quioto querem que Montreal lance as negociações sobre as metas pós-2012. Mas os Estados Unidos e a Austrália não deverão estar de acordo. “Não consigo ver os Estados Unidos a participar nas negociações internacionais sobre o que vai acontecer depois de 2012”, comentou Paal Prestrud, responsável pelo Centro Internacional de Investigação em Clima e Ambiente, de Oslo.

Montreal será também um teste para saber até que ponto os países em desenvolvimento estão dispostos a reduzir as emissões de GEE depois de 2012, quando um maior uso energético é a chave para reduzir a pobreza.

Mas as pressões para um avanço nas negociações chegam de vários pontos do globo. Na linha da frente das alterações climáticas, cerca de duas mil pessoas das ilhas Cantaret, ao largo da Papua Nova Guiné decidiram mudar-se para a ilha Bougainville depois da subida do nível dos oceanos ter danificado os poços com água potável e ter inundado as suas casas. Também os investidores do mercado europeu de emissões estão a pressionar porque querem saber como serão as regras depois de 2012.