Viana do Castelo: incêndio consome parte do complexo turístico do Luziamar

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Segundo Agostinho Rites, accionista maioritário da sociedade detentora do complexo, há muito que o edifício não tem luz eléctrica, pelo que a hipótese de curto-circuito "está completamente descartada".

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Segundo Agostinho Rites, accionista maioritário da sociedade detentora do complexo, há muito que o edifício não tem luz eléctrica, pelo que a hipótese de curto-circuito "está completamente descartada".

"O mais provável é que o incêndio tenha sido provocado pelos toxicodependentes que encontraram aqui o refúgio ideal para as suas práticas", referiu, sublinhando que apenas ardeu a parte do antigo restaurante.

"É uma estrutura em madeira, com alcatifas e vernizes, que portanto arde com muita facilidade. Resta saber se foi fogo posto ou se foi por descuido", acrescentou Agostinho Rites.

Fonte dos bombeiros disse que as chamas deflagraram cerca das 18h40, tendo o incêndio sido dado por extinto "muito rapidamente", graças à acção de 16 homens, apoiados por cinco viaturas.

Inaugurado há cerca de 30 anos, o Complexo Turístico do Luziamar foi durante muito tempo uma referência na noite de Viana do Castelo, sobretudo devido à sua discoteca.

No entanto, há uma década o complexo foi encerrado e o edifício entrou em degradação total, que exterior quer interiormente.

De acordo com Agostinho Rites, a sociedade detentora do edifício propõe-se ali investir cerca de 10 milhões de euros "para restituir àquele emblemático espaço a dignidade perdida".

No local deverão nascer espaços de hotelaria, bares e ainda um "pequeno complexo habitacional", composto por "cerca de uma dezena de casas".

"Há meia dúzia de anos que andamos com o projecto para trás e para diante, com constantes aditamentos para satisfazer as exigências da Câmara, mas agora finalmente acreditamos que está em vias de viabilização", referiu o responsável.

Após a obtenção da licença, Agostinho Rites acredita que num ano ou, no máximo, ano e meio, reporá o complexo a funcionar, acabando com aquele "péssimo cartão de visitas" do concelho, que se situa numa das mais procuradas estâncias balneares de Viana do Castelo.