Fábrica da EDP em Sines entre as mais poluentes da Europa
A instalação da EDP é a única fábrica portuguesa na lista da World Wildlife Fund.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A instalação da EDP é a única fábrica portuguesa na lista da World Wildlife Fund.
Na sua nova classificação, que ordena as 30 fábricas eléctricas mais poluentes da União Europeia, a WWF indica que a fábrica grega Ágios Dimitrios é a mais poluente no espaço da UE, seguida de perto pela de Frimmersdorf, na Alemanha, e pela de Abono, em Espanha.
A organização classificou fábricas implantadas nos 25 países da União Europeia segundo a sua eficácia, um cálculo baseado no número de gramas de dióxido de carbono (CO2) emitidas por quilowatt de electricidade gerado.
"O sector eléctrico é responsável por 37 por cento de todas as emissões de CO2 de origem humana", considerou Imogen Zethoven, líder da campanha "Power Switch!" da WWF.
"As fábricas de carvão figuram entre as mais poluentes, porque utilizam a fonte de energia mais rica em CO2. Para travar o aquecimento global, devemos substituir essas fontes por alternativas como o gás ou as energias renováveis", sublinhou a mesma fonte, referindo-se à energia solar, eólica e hidráulica.
Outras fábricas gregas, alemãs e espanhola, bem como uma fábrica com sede em Turow, na Polónia, figuram entre as dez unidades mais poluentes.
A Alemanha alberga cinco das dez fábricas mais poluentes, quatro das quais dirigidas pelo gigante RWE, o maior emissor de CO2 no sector europeu da energia, considerou a WWF.
Nem todas as fábricas classificadas se localizam no país de que são originárias, acrescenta a organização ecologista.
Substituir todas as fábricas por novas unidades a carbono resultaria numa diminuição de 13,5 por cento das emissões de CO2 até 2030, sublinhou a WWF.
Uma transferência para o gás equivaleria a uma redução de 47,8 por cento das emissões e essa taxa passaria a 73,4 por cento em caso de substituição por energias renováveis.
Segundo o protocolo de Quioto, concluído em 1997, os países industrializados que ratificaram o tratado devem reduzir até 2012, as emissões de gás com efeito de estufa em 5,2 por cento relativamente ao nível de 1990.