Três toneladas de peixes mortos retiradas da Barragem de Santa Clara

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Continuam algumas toneladas de peixe acumuladas nas margens da barragem que vão ser recolhidas a partir de segunda-feira Luís Forra/Lusa (arquivo)

O vereador da Câmara de Odemira, José Guerreiro, avançou hoje à Lusa que as "altas temperaturas e a falta de oxigenação poderão estar na origem da morte dos peixes", que se começou a verificar na última quarta- feira.

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O vereador da Câmara de Odemira, José Guerreiro, avançou hoje à Lusa que as "altas temperaturas e a falta de oxigenação poderão estar na origem da morte dos peixes", que se começou a verificar na última quarta- feira.

"A dimensão dos peixes mortos, essencialmente carpas com uma média de cinco quilogramas, e as zonas onde começaram a aparecer, nas margens mais baixas da barragem, levam a crer que se trate de um problema de oxigenação, devido ao aquecimento da água", explicou o responsável.

O autarca falava depois de uma reunião de urgência, entre várias entidades, que serviu para delinear um plano de contingência para o caso da mortandade piscícola se agravar.

De acordo com José Guerreiro, os peixes começaram a aparecer mortos anteontem, em quantidade "pouco significativa", mas a situação complicou-se, "apesar de estar sob controlo". "Em dois dias, quinta-feira e hoje, uma equipa da Associação de Beneficiários do Mira já retirou cerca de três toneladas de peixes mortos que foram enterrados nas imediações da barragem", disse.

Hoje, segundo o responsável, continuam "algumas toneladas de peixe acumuladas nas margens da barragem", que vão ser recolhidas a partir de segunda-feira. "Durante o fim-de-semana, a barragem vai estar sob vigilância e a operação para remoção dos peixes, vai recomeçar segunda-feira, às 07h00, reforçada com várias equipas", disse.

No local vão estar várias equipas da Associação de Beneficiários do Mira, da Circunscrição Florestal do Sul e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Alentejo, equipadas com seis barcos.

Quanto à qualidade da água da albufeira, que abastece as zonas de Castro Verde, Odemira, Santana da Serra e de algumas povoações do Litoral Alentejano, o autarca garantiu apresentar "valores normais".

Com mais de 30 quilómetros de extensão e vários regolfos de difícil acesso, a Barragem de Santa Clara encontra-se actualmente a 62 por cento da capacidade máxima.