Julgamento de portugueses na Venezuela novamente adiado
Na sessão de hoje, a juíza Maria Roa não deu qualquer resposta ao pedido apresentado pelo embaixador português em Caracas, José Arsénio, para que Luís Santos, o co-piloto do avião da Air Luxor apreendido no âmbito deste caso, possa aguardar o julgamento em liberdade, em Portugal.
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Na sessão de hoje, a juíza Maria Roa não deu qualquer resposta ao pedido apresentado pelo embaixador português em Caracas, José Arsénio, para que Luís Santos, o co-piloto do avião da Air Luxor apreendido no âmbito deste caso, possa aguardar o julgamento em liberdade, em Portugal.
Durante a sessão, a magistrada limitou-se a aceitar um pedido do Ministério Público para que seja nomeado um defensor oficioso para as três portuguesas, as principais arguidas do processo. O pedido foi justificado com as "ausências consecutivas" da advogada das arguidas, que hoje também não compareceu em tribunal, alegando "motivos de saúde".
O caso remonta a Outubro de 2004, quando foram encontrados cerca de 400 quilos de cocaína no avião onde deveriam seguir da Venezuela para Portugal a tripulação (piloto, co-piloto e hospedeira) e as passageiras portuguesas.
As três mulheres estão presas em Caracas e Luís Santos, também arguido neste caso, esteve detido dois meses numa cadeia local, antes de ser colocado em prisão domiciliária.
O piloto e a hospedeira da aeronave foram libertados nos primeiros dias de Novembro, depois das autoridades terem concluído que estes não sabiam do conteúdo das malas transportadas pelas passageiras. O mesmo não sucedeu com Luís Santos, acusado de cumplicidade no caso, apenas por se encontrar no interior do aparelho quando foi feita a apreensão.
O julgamento começou a 9 de Dezembro e já foi adiado 20 vezes, não tendo ainda sido possível ir além da leitura da acusação.