Guiné-Bissau: observadores consideram votação "livre e justa"

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A União Europeia também já disse que as eleições tinham decorrido de forma democrática Manuel de Almeida/Lusa

Num comunicado conjunto, lido pelo chefe da missão de observação eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o são-tomense Luís de Oliveira Viegas, as delegações signatárias apelaram aos apoiantes e simpatizantes das duas candidaturas para que mantenham a mesma serenidade demonstrada ao longo do processo eleitoral.

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Num comunicado conjunto, lido pelo chefe da missão de observação eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o são-tomense Luís de Oliveira Viegas, as delegações signatárias apelaram aos apoiantes e simpatizantes das duas candidaturas para que mantenham a mesma serenidade demonstrada ao longo do processo eleitoral.

As oito missões internacionais, que enviaram mais de 110 observadores eleitorais, consideraram ainda que a campanha foi "globalmente positiva", que a organização no dia da votação foi "correcta", decorrendo de forma "calma e serena" e que todos os eleitores puderam votar "livremente e em consciência".

Além da CPLP, assinaram o documento a União Africana, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, a União Económica e Monetária Oeste Africana, a Organização Internacional de Francofonia, o Encontro Africano para a Defesa dos Direitos Humanos, o Fórum da Sociedade Civil da África Ocidental e ainda os Estados Unidos.

No curto comunicado, os signatários felicitaram também o povo guineense e a sociedade civil local pela "maturidade" demonstrada, bem como a Comissão Nacional de Eleições (CNE) pela "boa organização" do processo eleitoral.

As oito instituições congratularam-se ainda com a "óptima coordenação" das acções dos observadores internacionais, a cargo do representante do secretário-geral da ONU e também chefe do Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, o coronel moçambicano João Bernardo Honwana.

Horas antes deste comunicado, a União Europeia, que enviou para a Guiné-Bissau cerca de 90 observadores, tinha chegado à mesma conclusão, indicando que todo o processo eleitoral cumpriu os critérios definidos pelos 25 para que se possa considerar que decorreu de forma "democrática, livre, justa e transparente".

Entretanto, o presidente da CNE, Malam Mané, disse ontem à Lusa que os resultados finais provisórios oficiais das presidenciais só deverão ser divulgados amanhã, informação que só na tarde de hoje será confirmada.

À votação, para a qual estavam inscritos 538.471 eleitores, apresentaram-se os candidatos Malam Bacai Sanha e João Bernardo "Nino" Vieira, que disputam a sucessão de Henrique Rosa.