Brasileiro morto no metro de Londres tinha visto de trabalho caducado
Os polícias seguiram o jovem no trajecto entre uma casa no bairro de Tulse Hill, no sul de Londres, e a estação de metro de Stockwell. Aí chegado, e apercebendo-se de que estava a ser perseguido, Menezes saltou os torniquetes e correu para a plataforma, onde tentou entrar numa carruagem. A polícia terá então mandado parar o brasileiro, que ignorou a ordem. Esta sucessão de eventos acabou por fazer com que a polícia disparasse contra Menezes.
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Os polícias seguiram o jovem no trajecto entre uma casa no bairro de Tulse Hill, no sul de Londres, e a estação de metro de Stockwell. Aí chegado, e apercebendo-se de que estava a ser perseguido, Menezes saltou os torniquetes e correu para a plataforma, onde tentou entrar numa carruagem. A polícia terá então mandado parar o brasileiro, que ignorou a ordem. Esta sucessão de eventos acabou por fazer com que a polícia disparasse contra Menezes.
A morte do electricista de 27 anos abriu o debate no Reino Unido sobre as instruções de "atirar a matar" dadas pelas autoridades britânicas aos agentes policiais no quadro das actuais operações antiterroristas, para encontrar os autores dos ataques falhados do dia 21 de Julho, três semanas depois dos atentados do dia 7, que mataram pelo menos 56 pessoas.
Contra o Governo e a polícia britânicos - que defendem a necessidade de disparar a matar para prevenir atentados -, os defensores dos direitos humanos sublinham os riscos de uma política que não é apenas uma ameaça para os inocentes mas uma porta aberta para a discriminação das comunidades mais afectadas.
O chefe da Scotland Yard, Ian Blair, pediu desculpa à família do brasileiro e classificou a morte do jovem como "uma tragédia". O Brasil já pediu explicações ao Governo britânico sobre o incidente.