PCP considera demissão de Campos e Cunha a primeira derrota do Governo
"O que esta exoneração constitui é uma primeira e significativa derrota do Governo e da sua política", afirmou o PCP em comunicado, salientando que a demissão de Campos e Cunha ocorre "apenas três meses e meio após a constituição" do executivo "de maioria absoluta do PS".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
"O que esta exoneração constitui é uma primeira e significativa derrota do Governo e da sua política", afirmou o PCP em comunicado, salientando que a demissão de Campos e Cunha ocorre "apenas três meses e meio após a constituição" do executivo "de maioria absoluta do PS".
No comunicado, o PCP não se pronuncia sobre a indicação do presidente da Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM), Fernando Teixeira dos Santos, para suceder a Campos e Cunha, salientando que "mais do que a substituição deste ou daquele ministro é a política do governo que é preciso ver substituída".
"Uma política que prosseguindo a acção dos governos PSD/CDS-PP assenta na obsessão do combate ao défice e se revela profundamente penalizadora dos interesses e direitos dos trabalhadores e da população e comprometedora do desenvolvimento do país", considerou o PCP.
Para os comunistas, a substituição do ministro das Finanças "não só não disfarçará as erradas opções e orientações do actual Governo como mais justifica que os trabalhadores e o povo português façam ouvir a sua voz e a sua luta de resistência".
Campos e Cunha demitiu-se quarta-feira dos cargos de ministro de Estado e das Finanças, alegando razões pessoais, familiares e de cansaço, segundo o gabinete do primeiro-ministro, José Sócrates.
O chefe do Governo propôs ao Presidente da República a exoneração de Campos e Cunha e a sua substituição por Fernando Teixeira dos Santos, cuja posse foi marcada para o fim da manhã de hoje.