Comissão Europeia vai apresentar quarta-feira respostas ao terrorismo

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Durão Barroso esteve hoje reunido com Jorge Sampaio, em Lisboa João Relvas/Lusa

De acordo com o presidente do executivo comunitário, no final de uma audiência em Belém com o Presidente da República, Jorge Sampaio, estas medidas vão ser apresentadas em Bruxelas, em conferência de imprensa conjunta com o comissário europeu da Justiça, Liberdade e Segurança, Franco Frattini, cerca de uma semana depois dos atentados em Londres.

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De acordo com o presidente do executivo comunitário, no final de uma audiência em Belém com o Presidente da República, Jorge Sampaio, estas medidas vão ser apresentadas em Bruxelas, em conferência de imprensa conjunta com o comissário europeu da Justiça, Liberdade e Segurança, Franco Frattini, cerca de uma semana depois dos atentados em Londres.

Durão Barroso advertiu que o terrorismo "faz parte dos riscos da vida contemporânea", recordando porém que em Portugal "a sinistralidade rodoviária mata mais gente do que qualquer atentado terrorista".

Entre as propostas a apresentar pela Comissão – cujo conteúdo no especificou – estão algumas que "já estavam formuladas", mas que acabaram por não avançar perante a falta de receptividade por parte de alguns Estados-membros da União Europeia (UE).

O presidente da Comissão referiu mesmo que alguns dos 25, que não identificou, tradicionalmente "muito fechados" relativamente a transpor para o seu ordenamento jurídico interno normas comunitárias relativas à segurança, "estão a pedir isso hoje em dia".

Segundo Durão Barroso, a audiência com Jorge Sampaio – que iniciou hoje uma série de audiências com diversas personalidades antes da reunião do Conselho de Estado de sexta-feira sobre questões europeias – serviu para "analisar o momento actual da Europa" e temas como a Constituição europeia, o processo de reformas ou a agenda de Lisboa.

Afirmando a necessidade de a presidência britânica da UE (que começou a 1 de Julho) ser bem sucedida, o presidente da Comissão criticou o "excessivo pessimismo" que está a ser dado à rejeição do Tratado Constitucional em França e na Holanda e ao fracasso das negociações sobre o quadro financeiro da União para o período 2007- 2013.

"Na história da UE nunca houve um Orçamento aprovado à primeira tentativa", sublinhou.

Para Durão Barroso, a Europa tem "problemas estruturais mais complexos", o principal dos quais a competitividade: "como vai competir com os Estados Unidos e a China, como vai crescer e gerar emprego", referiu.

"Quando a situação económica é medíocre, quando se está preocupado em arranjar emprego, não se pode pedir às pessoas que tenham uma grande paixão pela aventura europeia", considerou.

Durão Barroso disse ainda que em Outubro a Comissão apresentará um documento que deverá ser "o ponto de partida para um novo consenso dinâmico sobre a Europa".