BE quer transferências garantidas para Segurança Social

Foto
PUBLICO.PT

Ao defender a afectação a este fundo de "pelo menos dois pontos percentuais do valor percentual correspondente às quotizações dos trabalhadores por conta de outrem", o Bloco pretende "garantir o cumprimento da obrigação legal" de realizar aquelas transferências.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Ao defender a afectação a este fundo de "pelo menos dois pontos percentuais do valor percentual correspondente às quotizações dos trabalhadores por conta de outrem", o Bloco pretende "garantir o cumprimento da obrigação legal" de realizar aquelas transferências.

Actualmente, aquela transferência pode não ser feita mediante a argumentação de dificuldades extraordinárias.

Esta é uma de várias propostas de alteração feitas pelo Bloco à proposta de Orçamento Rectificativo.

Uma segunda especifica que o regime excepcional de regularização tributária – relativo ao repatriamento de capitais – "não prejudica a aplicação da legislação contra o branqueamento de capitais".

Da mesma forma, estende a obrigação de prestação de informação à administração tributária a todos os contribuintes residentes em Portugal.

A ideia desta terceira proposta de alteração é possibilitar ao fisco o acesso a informação sobre depósitos, juros, dividendos e outros rendimentos de contas bancárias dos residentes fiscais em Portugal.

Em causa está a harmonização da prestação desta informação, que actualmente só abrange os portugueses com domicílio fiscal em outros países da União Europeia.

O Bloco defende ainda uma quarta proposta, relativa ao imposto municipal sobre imóveis, com a qual pretende acabar as isenções no pagamento deste imposto.

Tornar efectivamente obrigatória a entrega das declarações do imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas (IRC) e o valor acrescentado (IVA) às empresas que beneficiam do registo nas zonas francas da Madeira e da ilha de Santa Maria, nos Açores, é outra das propostas.

Esta proposta é justificada com o facto de, diz o Bloco, "mais de metade das empresas não apresentarem as suas declarações, desrespeitando a legislação, sem que nada aconteça".

Na ausência da entrega das declarações relativas ao IRC e IVA, as empresas perdem o direito à isenção destes impostos.

Uma sexta e última alteração pretendida pelos bloquistas refere-se ao imposto incidente sobre pessoas singulares (IRS) e pretende taxar as mais-valias obtidas com acções de sociedades cujo activo integra bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis situados em território português.

O Bloco de Esquerda defende a redução de 50 para 20 por cento do valor mínimo a considerar no peso do imobiliário nos activos empresariais, para evitar que as empresas de intermediação imobiliária "se aproveitem da lei".