Brasileira Nélida Piñón vence Prémio Príncipe das Astúrias das Letras 2005

A escritora brasileira Nélida Piñón, de 68 anos, foi hoje galardoada com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras 2005, anunciou a organização em Oviedo, no norte de Espanha.

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José Manuel Mendes considera Nélida Piñón uma das escritoras mais relevantes da literatura do Brasil DR

A vencedora, com obra publicada em mais de 20 países, disputou o prémio com outros candidatos, entre os quais os norte-americanos Paul Auster e Philip Roth e o israelita Amos Oz. Ao Prémio Príncipe das Astúrias das Letras 2005 apresentaram-se 31 candidaturas de 16 países.

O presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), José Manuel Mendes, congratulou-se com a distinção da escritora brasileira. "Considero Nélida Piñón uma das escritoras mais relevantes da literatura que nos chega do Brasil", disse José Manuel Mendes.

Para o presidente da APE, Nélida Piñón é "uma autora de rara densidade narrativa e com um fulgor singular no tratamento da linguagem, reunindo a sua vasta obra universos que nos interpelam e desafiam com interrogações fundamentais em tempos sombrios".

Nélida Piñon começou a escrever aos dez anos de idade e consagrou-se em 1961 com a publicação do romance "Guia Mapa de Gabriel Arcanjo". Da sua autoria destacam-se os títulos "Tempo das Frutas" (1966), "Fundador" (1969), "A casa da Paixão" (1972), "Sala de Armas (1973), "A República dos sonhos" (1984), "O Presumível Coração da América" (2002) e, mais recentemente, "Vozes do Deserto” (2004).

O júri do prémio foi presidido pelo director da Real Academia da Língua Espanhola, Victor Garcia de la Concha.

Piñon, nascida no Rio de Janeiro em 1937, formou-se em Jornalismo e foi a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras, entre 1996 e 1997, tendo recebido em 1995 o Prémio Internacional de Literatura Juan Rulfo, concedido nesse ano pela primeira vez a uma mulher e a um autor de língua portuguesa.

Já foram distinguidos com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras 2005 escritores como Mario Vargas Llosa, Gunter Grass, Camilo José Cela, Carlos Fuentes, Susan Sontang e Claudio Magris.

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A vencedora, com obra publicada em mais de 20 países, disputou o prémio com outros candidatos, entre os quais os norte-americanos Paul Auster e Philip Roth e o israelita Amos Oz. Ao Prémio Príncipe das Astúrias das Letras 2005 apresentaram-se 31 candidaturas de 16 países.

O presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), José Manuel Mendes, congratulou-se com a distinção da escritora brasileira. "Considero Nélida Piñón uma das escritoras mais relevantes da literatura que nos chega do Brasil", disse José Manuel Mendes.

Para o presidente da APE, Nélida Piñón é "uma autora de rara densidade narrativa e com um fulgor singular no tratamento da linguagem, reunindo a sua vasta obra universos que nos interpelam e desafiam com interrogações fundamentais em tempos sombrios".

Nélida Piñon começou a escrever aos dez anos de idade e consagrou-se em 1961 com a publicação do romance "Guia Mapa de Gabriel Arcanjo". Da sua autoria destacam-se os títulos "Tempo das Frutas" (1966), "Fundador" (1969), "A casa da Paixão" (1972), "Sala de Armas (1973), "A República dos sonhos" (1984), "O Presumível Coração da América" (2002) e, mais recentemente, "Vozes do Deserto” (2004).

O júri do prémio foi presidido pelo director da Real Academia da Língua Espanhola, Victor Garcia de la Concha.

Piñon, nascida no Rio de Janeiro em 1937, formou-se em Jornalismo e foi a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras, entre 1996 e 1997, tendo recebido em 1995 o Prémio Internacional de Literatura Juan Rulfo, concedido nesse ano pela primeira vez a uma mulher e a um autor de língua portuguesa.

Já foram distinguidos com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras 2005 escritores como Mario Vargas Llosa, Gunter Grass, Camilo José Cela, Carlos Fuentes, Susan Sontang e Claudio Magris.